A investigadora da Polícia Civil afastada durante a deflagração da Operação Juramento Quebrado, por ajudar um grupo criminoso em execuções no bairro Moreninhas, que estariam envolvidos em pelo menos três assassinatos, foi condenada a regime fechado pela Justiça.
A investigadora e outros policiais alvos da operação deflagrada no dia 15 de março de 2024, estavam lotados na Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) e na 2ª Delegacia de Polícia Civil, em Campo Grande.
A condenação da investigadora foi condenada a 2 anos e 11 meses e 29 dias de reclusão, que deverão ser cumpridos inicialmente em regime fechado. A pena foi assinada pelo juiz Márcio Alexandre Wust.
Investigada por vazar informações
Em 2022, a investigadora foi denunciada pelo MPMS depois de vazar informações, no dia 12 de novembro de 2020 e 18 de novembro de 2020, de um processo de guarda de filhos de um casal em separação.
Consta na denúncia, que a investigadora usou de sua senha no sistema Sigo para descobrir dados sigilosos e repassar para uma das partes no processo de guarda. “A investigadora revelou fato de que tinha ciência em razão do cargo e que devia permanecer em segredo e facilitou-lhe a revelação, resultando dano à Administração Pública ou a outrem, ao disponibilizar dados sigilosos do sistema SIGO de (x) a (x), para que este utilizasse para obter vantagem diante do processo de custódia de seus filhos contra a ex-mulher.”
A mulher estava em um novo relacionamento e o ex-marido usou de dados do atual companheiro da ex para conseguir a guarda das crianças. Na época da descoberta do vazamento dos dados, o homem disse que havia encontrado os documentos em uma lixeira perto do escritório de advocacia resolvendo usar na audiência da guarda.
Policiais envolvidos grupo de execuções
Os policiais afastados ajudavam o grupo criminoso em execuções no bairro Moreninhas, e informações obtidas pelo Midiamax estariam envolvidos em pelo menos três assassinatos. O que eles faziam dentro da organização ainda não foi revelado.
O afastamento foi publicado em Diário Oficial do dia 19 de março de 2024, onde é determinado determinando “o recolhimento das armas, carteiras funcionais e demais pertences do patrimônio público destinados aos referidos policiais, além da suspensão de suas senhas e logins de acesso aos bancos de dados da instituição policial, sistema SIGO, INFOSEG, suspensão de férias e avaliação para fins de promoção e conclusão de estágio probatório”.
O afastamento foi assinado pelo corregedor Clever José Fante Esteves.
💬 Fale com os jornalistas do Midiamax
Tem alguma denúncia, flagrante, reclamação ou sugestão de pauta para o Jornal Midiamax?
🗣️ Envie direto para nossos jornalistas pelo WhatsApp (67) 99207-4330. O sigilo está garantido na lei.
✅ Clique no nome de qualquer uma das plataformas abaixo para nos encontrar nas redes sociais:
Instagram, Facebook, TikTok, YouTube, WhatsApp, Bluesky e Threads.