A idosa de 82 anos que desapareceu da Santa Casa de Campo Grande andou cerca de 3 quilômetros até ser encontrada em uma oficina mecânica no bairro Amambaí, no início da noite dessa segunda-feira (24).
O caso foi parar na delegacia de Polícia Civil como abandono de incapaz e desaparecimento de pessoa. A família registrou boletim de ocorrência no fim da tarde e já no início da noite foi informada de que a idosa havia sido encontrada.
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Em contato com a reportagem do Jornal Midiamax, a filha da idosa contou que a mãe foi encontrada em uma oficina mecânica no bairro Amambaí às 18h40 da noite.
“Ela foi encontrada ontem às 18h40, já bem distante da Santa Casa. Uma família a encontrou e acionou a Polícia Militar, que já havia sido informada após a formalização do boletim de ocorrência”, contou a familiar.
Após ser informada pela polícia, a família foi até a oficina, onde encontrou a idosa calma, mas desorientada. A filha dela ainda contou que a mãe estava com todos os pertences, então não precisou retornar ao hospital para buscá-los.
“Ela saiu de lá com a bolsa com os pertences que já estavam lá com ela, Que eram uma toalha e o casaquinho dela!”, explicou.
Em seguida, a idosa foi levada para a casa, onde está aos cuidados dos familiares.
‘Descaso’
Apesar do alívio em ter localizado a idosa, os familiares alegam que houve descaso por parte do hospital. Isso porque a filha alega que não recebeu nenhum auxílio durante as buscas pela idosa.
“A Santa Casa em si não prestou qualquer auxílio para encontrarmos, não se dispôs a ajudar na busca dela em momento algum. (Ela) só foi encontrada pela ajuda de amigos e pela ajuda da Polícia Civil e Militar”, afirmou a filha.
Por fim, a filha descreveu o sentimento em lidar com o desaparecimento e, logo depois, a localização da idosa. “É uma situação extremamente desagradável. Foi muita sorte encontrarmos ela em segurança, ainda mais de noite já”, falou.
O Jornal Midiamax acionou a Santa Casa acerca dos fatos e foi informado que a idosa estava desacompanhada de qualquer parente ou responsável e se aproveitou da troca de plantão da equipe para deixar o hospital.
Já sobre a falta de auxílio alegada pela família, o hospital esclareceu que a idosa não demonstrava agressividade e estava em condições de locomoção. Como não havia determinação judicial ou médica de contenção, não havia justificativa para mantê-la restrita ao leito.
Confira o posicionamento na íntegra:
“A Santa Casa de Campo Grande informa que a paciente em questão estava acomodada em uma maca baixa, sendo assistida no corredor do Pronto-Socorro, devido à superlotação enfrentada pelo hospital.
A paciente apresentava lucidez alternada com aparentes curtos períodos de desorientação. Durante a troca de plantão da equipe, estando desacompanhada de qualquer parente ou responsável, a paciente, aproveitando a situação, levantou-se da maca e deixou a unidade hospitalar. O hospital esclarece que, por não demonstrar agressividade, estar em condições de locomoção e não ter, no momento, determinação judicial ou médica de contenção, não havia justificativa para mantê-la restrita ao leito com amarrações ou ataduras ou bloquear seu desejo de evasão, que é um direito que deve ser respeitado.”
O espaço segue aberto para manifestações.
Desaparecimento
A filha da idosa contou na delegacia que a mãe passou a apresentar demência há 10 dias e estava realizando tratamento psiquiátrico. No domingo (23), teve um surto psicótico em casa e ficou bastante agressiva, momento em que a família acionou o Corpo de Bombeiros e este a encaminhou para a Santa Casa.
A idosa deu entrada no Pronto Socorro às 19h20 e lá permaneceu até o dia seguinte, segunda-feira (24). Já no meio da manhã de segunda, uma médica foi conversar com a filha da idosa a aconselhando a ir para sua casa porque a paciente logo seria internada. Assim, a mulher foi para sua casa tomar um banho e, ao retornar à Santa Casa, às 13h38, não encontrou mais sua mãe.
Uma mulher que acompanhava um outro paciente disse para ela que sua mãe havia tentado fugir do hospital e para tal tentou agredir o porteiro da Santa Casa. Diante da agressão, o porteiro recebeu ordens superiores para liberar a saída da idosa e ela acabou fugindo.
*Atualizada às 14h45 de quarta-feira (26) para acréscimo de posicionamento.
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