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Polícia

Hacker vazou dados de alunos para ser contratado por Agência de Tecnologia de Campo Grande

Foram extraídos do sistema nome, endereço e até condição de saúde dos alunos
Mirian Machado, Thatiana Melo -
(Divulgação Dracco)

O de 18 anos, que invadiu e vazou dados de alunos da Semed (Secretaria Municipal de Educação) de Campo Grande, queria ser contratado pela (Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação), também da Capital.

Conforme apurado pela reportagem, o rapaz, preso em São Paulo durante a ‘Operação Rota 443′, deflagrada nesta sexta-feira (11), conseguiu acesso, baixou dados e passou a fazer ameaças à Agetec. Ele dizia que divulgaria as informações.

Ainda conforme as informações, ele nunca pediu especificamente um valor, mas sempre ameaçou, falando que queria um contato.

Em 15 dias de diligência, ele foi identificado, localizado e preso. 

O rapaz teria dito que agiu de tal forma, pois queria ser contratado pela agência.

A versão do autor será apurada, assim como se foram apenas esses dados acessados por ele, se compartilhou com outras pessoas e quem mais teve acesso às informações. Para isso, o material foi apreendido e deve passar por análise no Cyberlab, Laboratório de Tecnologia Cibernética de , do Ministério da Justiça.

‘Operação Rota 443′

O Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) deflagrou a operação depois do vazamento de dados do sistema EDUWEB, utilizado pela Semed (Secretaria Municipal de Educação) de Campo Grande, onde informações de alunos acabaram sendo acessadas.

Foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra o autor da invasão ao sistema educacional da Prefeitura de . Foram divulgados indevidamente dados de milhares de alunos da rede pública municipal.

A investigação apurou o acesso não autorizado ao sistema EDUWEB. O autor do crime teria extraído relatórios com dados como: nome completo, endereço, escola e condição de saúde de crianças e adolescentes. Com o acesso, ele passava a ameaçar a divulgação em redes sociais dos dados.

A polícia depois descobriu a publicação de links contendo os dados obtidos ilicitamente. Foram apreendidos equipamentos eletrônicos que passarão por perícia técnica especializada. O material poderá esclarecer a dinâmica do crime e identificar possíveis coautores.

Após análise de registros técnicos, foi identificado o uso de VPN internacional, e-mails anônimos e perfis falsos para dificultar o rastreamento da autoria. No entanto, foi possível vincular parte das conexões a um endereço físico no interior de São Paulo, onde foi cumprido o mandado de prisão preventiva e de busca e apreensão, com apoio da Polícia Civil de São Paulo.

O Jornal Midiamax entrou em contato com a Prefeitura para saber sobre as providências do vazamento de dados de alunos, mas até a publicação da matéria não obtivemos resposta. Confira na íntegra a nota da Agetec:

“A Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação (Agetec) esclarece que os sistemas da Prefeitura de Campo Grande não foram hackeados ou invadidos.

O suspeito preso durante operação da Polícia Civil, na manhã desta sexta-feira (11), hackeou as credenciais de um colaborador da Secretaria de Educação, vindo a acessar a plataforma de gestão do setor. A tentativa foi prontamente identificada, e a Agência registrou boletim de ocorrência, adotando todas as providências cabíveis.

É importante destacar que somente a tentativa de acessar dados relacionados a crianças, e sua exposição ou divulgação, constitui crime. Por essa razão, o autor será responsabilizado judicialmente.

A Agetec reforça que a divulgação de informações envolvendo possíveis incidentes cibernéticos deve ser feita com cautela, uma vez que esse tipo de exposição pode atrair indivíduos mal-intencionados e ampliar riscos à segurança digital, comprometendo tanto dados públicos quanto privados.

Reafirmamos nosso compromisso com a modernização e a proteção dos sistemas municipais, adotando continuamente medidas para garantir a segurança, a integridade e a confiabilidade dos serviços prestados à população de Campo Grande”

Nome da operação

O nome da operação, “Rota 443”, faz referência à porta de comunicação segura (HTTPS) utilizada em conexões criptografadas na internet, simbolizando o caminho virtual protegido e encoberto utilizado pelo autor para ocultar sua identidade.

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*Matéria editada às 13h28 para acréscimo de posicionamento

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