O gerente de uma empresa de reciclagem de pneus inservíveis, reator de pirólise, procurou a delegacia para denunciar que a empresa foi alvo de sabotagem e a suspeita é de que o autor seja um funcionário em fase de desligamento.
O crime aconteceu na sexta-feira (14), mas só foi registrado na segunda-feira (17).
O gerente contou à polícia que na noite de sexta-feira um funcionário o acionou informando que três tanques de óleo de pirólise — combustível sintético — estavam com os registros abertos, vazando todo produto no chão.
Com a ajuda de outros funcionários, o gerente foi averiguar e fechar os registros, quando focaram com as lanternas avistando um indivíduo de porte grande e moreno correndo rumo a empresa vizinha para deixar o local sentido à rodovia.
Foram feitas buscas, mas o homem não foi localizado. O gerente passou a perguntar se algum morador viu alguém correndo. Uma testemunha disse que viu um homem, morador da vizinhança, indicando ainda o nome, entrando no quinta da casa.
Ele teria dito que teria um carro o seguindo.
Na delegacia, o gerente afirmou ainda que o tal homem, suspeito, trabalhou por cerca de um ano na firma e estava em fase de desligamento por má conduta.
O caso foi registrado como invasão de estabelecimento industrial, comercial ou agrícola e sabotagem.
Crime
Invasão e sabotagem são crimes previstos no artigo 202 do Código Penal.
A invasão consiste em entrar ou ocupar estabelecimento sem autorização para impedir ou dificultar o funcionamento normal do trabalho.
Já a sabotagem é danificar ou dispor das coisas existentes no estabelecimento com a mesma finalidade de impedir, ou dificultar o funcionamento normal do trabalho.
A pena é de reclusão de 1 a 3 anos e multa.