A Polícia Civil investiga o crime de estelionato e associação criminosa de funcionários de uma empresa de leite, em Bandeirantes, a 70 quilômetros de Campo Grande. Além de funcionários envolvidos, também havia participação de um freteiro de leite.
O advogado da empresa procurou a delegacia nesta semana para fazer a denúncia. Segundo o advogado, um freteiro foi identificado como quem teria arquitetado o crime, convencendo dois funcionários a receberem propinas que iam de R$ 100 a R$ 150 por carga descarregada na empresa.
Como funcionava o esquema
O esquema consistia em fraudar lotes de leite gerando prejuízo à empresa. Foi descoberta uma disparidade entre a produção de leite pelos produtores e o valor recebido. Na plataforma da empresa, o freteiro orientava os funcionários na hora da descarga a manipular ardilosamente as medições do leite, passando água ou leite adicional pelo medidor.
Após a descarga, para inflar os volumes registrados, cada funcionário recebido entre R$ 100 e R$ 150, segundo gravação feita na gerência da empresa. A fraude foi confirmada pelo relato dos funcionários envolvidos, análises técnicas da produção de leite e rastreamento de transações financeiras entre os freteiros.
De acordo com o advogado da empresa, o valor aproximado da fraude chega a R$ 23.634,90 mil do leite que não foi verdadeiramente entregue.
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