Família do crime: Mãe de detento morto foi alvo do Gaeco em furto de cocaína em delegacia
Cocaína furtada era avaliada em R$ 2 milhões. Delegado, traficante e advogada estão entre os envolvidos
Mirian Machado, Thatiana Melo –
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Jonathan Roberson Silva de Oliveira Barbosa, de 30 anos, morto em cela do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, vem de uma família envolvida no mundo do crime. O irmão Tony Adenan era de facção criminosa e tinha 93 passagens policiais.
Já a mãe, Sandra Ramona da Silva, não fica para trás. Ela é uma das envolvidas no caso da cocaína furtada da delegacia de Aquidauana, em 2019. Na época, cerca de 100 quilos de cocaína desapareceram da delegacia. A droga estava avaliada em RS 2 milhões.
Sandra foi alvo do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) durante a operação ‘Balcão de Negócios’. Durante as investigações, foram feitas prisões em flagrante de nove pessoas, sete homens e duas mulheres.
O furto foi descoberto no dia 10 de junho daquele ano. Foram feitas buscas na casa, escritório e no veículo de uma advogada também detida na época. A advogada era tida como “amiga” por Ramona, pois lhe abastecia com dados sobre localização de fiscalizações feitas pela polícia, que haviam sido repassadas inicialmente pelo delegado. Eder, em contrapartida, recebia propinas de Sandra. Os fatos foram descobertos por meio de interceptações telefônicas.
A advogada tinha acesso livre ao gabinete do delegado enquanto ele esteve na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Aquidauana, onde era informada sobre investigações, em especial àquelas que envolviam a comparsa Ramona. Os próprios policiais civis desconfiavam haver vazamento, pois todas as vezes que tentavam abordar Ramona, nunca conseguiam flagrar nada de ilícito com ela.
Informações relatadas pelo Ministério Público apontam ainda que Eder teria tido ajuda de membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) para a retirada da droga de dentro da delegacia.
A participação dele era essencial para a atividade criminosa desenvolvida por ela em Aquidauana e Anastácio. Eder dava proteção aos traficantes, repassando informações sigilosas, entre outros expedientes criminosos.
O delegado Eder Oliveira Moraes, titular da delegacia, foi transferido da unidade.
O local em que a droga estava armazenada, um depósito de apreendidos de ocorrências policiais, foi arrombado.
Delegado expulso e condenado por estupro
O delegado Eder Oliveira Moraes foi demitido em fevereiro de 2023 do quadro dos servidores do Estado.
Ele havia conseguido na Justiça a aposentadoria integral em março de 2022, com salário de R$ 33 mil.
Eder foi condenado por estupro. Os casos aconteceram em Rio Verde, em 2015, sendo que um dos garotos de 14 que foi até a delegacia para prestar depoimento acabou sofrendo o abuso. Na época, o delegado teria mostrado vídeos pornográficos ao adolescente perguntando se ele já havia feito aquelas coisas e dizendo que pagava para o menino fazer ‘coisas’ com ele mostrando em seguida à vítima seu órgão genital. A avó do adolescente o esperava do lado de fora da sala e foi chamada pelo neto, sendo que um boletim de ocorrência foi registrado pelo crime.
Já a outra vítima era um adolescente que foi apreendido pelo crime de furto e foi obrigado a fazer sexo oral no delegado. Pelo primeiro caso, Eder foi condenado a 18 anos, 7 meses e 3 dias de prisão, e pelo segundo caso a 21 anos, 8 meses e 8 dias de prisão.
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