Nem cerca elétrica, nem câmeras de segurança impedem que condomínios se tornem alvos de furtos no bairro Centenário, em Campo Grande. Desta vez, um suspeito foi flagrado pelas câmeras, levando cerca de quatro minutos para conseguir arquitetar a entrada e invadir o local. Para os moradores, a sensação é de insegurança.
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O relógio marcava 3h26 da madrugada desta segunda-feira (24), quando o suspeito apareceu no portão do condomínio localizado na Rua José Rodrigues de Melo, trajado com calça escura, sem camiseta e tênis. Ele analisou o local, ‘estudou’ a forma como poderia adentrar, e, passados quatro minutos, conseguiu pular o portão principal de acesso ao condomínio composto por 60 apartamentos.
Segundo a síndica do local, Lingéria Ruiz, de 37 anos, o suspeito encontrou uma forma de quebrar a cerca elétrica sem que o alarme disparasse. “A nossa cerca elétrica estava ativada, ele entrou de uma forma que a cerca não disparou. Há um vão entre a cerca e a grade do muro, do portão, e ele entrou por ali”, disse a síndica.
Essa é a segunda vez em que o condomínio é alvo de furto. Na primeira vez, a fiação do local foi levada pelos ‘malacos’. “Ano passado, eles tentaram entrar pelo playground, onde o muro era mais baixo, arrebentaram a cerca elétrica, mas não chegaram a adentrar o condomínio, apenas levaram os fios e alguns leds”, pontuou Lingéria.
Desta vez, o homem conseguiu sair do local sem levar nada, apenas esquecendo os próprios sapatos. A PM (Polícia Militar) foi acionada, mas, segundo os moradores, não conseguiu capturar o suspeito, pois ele já havia ido embora quando os militares chegaram ao local.

Sensação de insegurança
Para uma moradora do condomínio, a sensação é de medo, mesmo que, em teoria, as residências em condomínio sejam mais seguras. “Me sinto coagida e com medo dentro do meu próprio apartamento. Minha mãe mora no térreo, tem problemas de saúde, e após todas essas situações, ela está com muito medo”, disse uma moradora.
Na visão da síndica Lingéria, a região do bairro Centenário está escassa de segurança. “A gente está inseguro. Nosso condomínio fica ao lado de um terreno baldio com muito mato. Está bem perigoso e bem escasso em segurança, e agora com essas ondas de furtos”, pontuou.

Cena de terror no segundo condomínio
Em uma das invasões, o apartamento de uma moradora se tornou uma verdadeira cena de filme de terror. Isso porque, o suspeito deixou muito sangue espalhado pelo local, segundo os moradores ele pode ter se machucado na serpentina.
“A moradora está traumatizada e com medo, porque não foi feito nada a respeito. Ela está com medo de que esse cidadão volte e faça algo com ela”, pontuou a moradora.

Furto de bicicleta no terceiro condomínio
No começo do mês, um terceiro condomínio na mesma rua foi alvo dos ladrões. Isso porque, no último dia 5, uma moradora teve a bicicleta do filho furtada do bicicletário do condomínio, em plena luz do dia.
Moradora há aproximadamente nove meses no local, a vigilante Carina Silva de Freitas, de 46 anos, também se sente sem segurança devido à criminalidade na região. “Meu filho usava para ir trabalhar e para a escola. Nem terminou de pagar. Sem segurança, por ser um condomínio fechado, nunca imaginei passar por isso”, ressaltou Carina.

O Jornal Midiamax procurou a PM (Polícia Militar), que informou que as rondas na região do Anhanduizinho são realizadas diuturnamente, por meio do 10º Batalhão de Polícia Militar, além de rondas do Batalhão de Choque e do Batalhão de Trânsito. Ainda, reforçou a importância do registro do Boletim de Ocorrência.
Em relação ao mato alto nos fundos de um dos condomínios, recentemente o Jornal Midiamax noticiou a insuficiência do serviço de roçada do mato. Isso porque a Solurb reduziu as ordens de serviço após o redirecionamento orçamentário proposto pela Prefeitura de Campo Grande.
“Continuamos realizando as atividades dentro das demandas encaminhadas pela Prefeitura, por meio de Ordens de Serviço, e com uma equipe ajustada à nova realidade operacional”, ressalta a nota.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno. O espaço segue aberto para posicionamento.
Confira a nota da PM na íntegra:
“Em atenção à solicitação, a Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul informa que o patrulhamento preventivo é realizado diuturnamente na região informada, por meio do 10º Batalhão de Polícia Militar, bem como por nossas Unidades de atuação especializada, como o Batalhão de Choque e Batalhão de Trânsito.
Todo policiamento é realizado com base na análise de dados estatísticos, extraídos dos Boletins de Ocorrências e também dos atendimentos à comunidade local. Assim, é imprescindível que os moradores repassem esse tipo de informações sobre eventuais problemas, diretamente às equipes policiais ou registrem eventuais crimes na delegacia da região, de modo que os órgãos de segurança possam tomar conhecimento desses fatos e atuar de forma mais precisa.
Os atendimentos de urgência e emergência realizados pela PM, por meio do acionamento da população via telefone 190, demandam situações que estejam ocorrendo naquele instante ou acabaram de ocorrer. Casos notados em momento posterior demandam ação investigativa e repressiva por meio da Polícia Civil.
Independente destes dados, estaremos informando a unidade da PMMS responsável pela região, transmitindo que houve esta demanda, a fim de ser feito uma análise da referida situação e, conforme necessário, aplicar as ações de modo a prevenir e reprimir essas ocorrências na região, atendendo de forma cada vez melhor a comunidade.”
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