Ryan Victor Alencar Silva, conhecido como ‘Amarelinho’, e Wellington da Silva Bernardo, conhecido como ‘Tantan’, foram condenados a quase 50 anos de prisão pelo assassinato de Gabriel Jorão Silva no bairro Moreninhas, em Campo Grande, nesta quarta-feira (14).
Gabriel foi morto a tiros no dia 1º de fevereiro de 2023 na Rua Baguari. Ele tinha 23 anos, quando foi atingido por vários disparos de arma de fogo, tentou fugir, mas morreu ao entrar na casa de uma amiga para se esconder.
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Nesta quarta (14), os réus pelo assassinato foram submetidos ao Tribunal do Júri e condenados a quase 50 anos de prisão em regime fechado. Isso porque Ryan foi condenado a 19 anos, 9 meses e 15 dias de prisão, além do pagamento de 20 dias-multa, enquanto Wellington foi sentenciado a 29 anos e dois meses. Somadas, as penas totalizam quase cinco décadas.
Durante o júri, o Conselho de Sentença condenou Ryan por homicídio qualificado e porte ilegal de arma de fogo. Já Wellington foi condenado por homicídio qualificado. Na sentença, foi explicado que o motivo da pena de ‘Tantan’ ser maior é pelo fato de que ele é reincidente e não tem em seu favor as reduções da confissão e da menoridade.
Além da prisão, a dupla foi condenada ao pagamento de indenização mínima no valor de R$ 10 mil aos familiares de Gabriel. Tanto descendentes, quanto ascendentes da vítima deverão receber a indenização a título de danos morais.
Julgamento
Sem a presença de testemunhas, o júri aconteceu somente com a declaração dos réus. O primeiro a depor foi Ryan Silva, conhecido como ‘Amarelinho’, ele disse que não era próximo da vítima, mas que haviam discutido devido a uma ex-namorada de Gabriel. Inclusive, a vítima teria passado em frente ao condomínio de Ryan, no final de 2022, e efetuado diversos disparos.
“O Gabriel estava na frente da casa da namorada, na calçada, e eu fui resolver a briga que tinha tido em 2022. Só que ele estava com a arma na cintura, e quando ele apontou (a arma) foi que começou os disparos”, contou Ryan. Ele disse que estava portando uma pistola calibre 38, e contou com a ajuda de outro amigo para disparar contra Gabriel.

Após o depoimento de Ryan, foi a vez de Wellington, conhecido como ‘Tantan’, contar a sua versão dos fatos. Durante toda a sua fala, ele negou a participação neste crime. “Eu estava em casa já, fiquei sabendo uns 30, 35 muitos depois que o crime aconteceu, porque o pessoal no bairro começou a falar sobre o acontecido”, explicou o réu.
Segundo ele, a acusação é devido aos seus antecedentes criminais e, por isso, teriam envolvido ele no crime. “Acho que porque eu já cometi outros crimes, eles julgam a gente de uma forma que a gente não é mais. O que fiz no meu passado, ficou no meu passado”, afirmou Wellington.
Relembre o crime
Gabriel foi executado no dia 1º de fevereiro de 2023 com vários tiros na Rua Baguari. Os atiradores passaram uma vez na rua e voltaram.
Então, um deles desceu do Pálio armado com uma pistola 9 mm, atirando. Neste momento, Gabriel correu e tentou entrar em uma residência que estava com o portão fechado.
Em seguida, ele correu novamente e tentou se esconder em casa, mas acabou alcançado. Com isso, foi assassinado com diversos tiros, que atingiram cabeça, costas e pernas.
Logo após o assassinato, os autores fugiram. No bolso de trás do short de Gabriel, a polícia encontrou papelotes de droga. O rapaz já tinha passagens por tráfico de drogas e teria deixado a prisão em 2021.
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