Disputa pelo controle do tráfico na fronteira com MS acirra disputa entre facções criminosas

Com apoio da Polícia, Clã Alderete ganha força e enfraquece domínio de ‘Macho’

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Hegemonia de 'Macho' é ameaçada por facção que conta com apoio da polícia (Foto: reprodução, Infonorte)

A disputa do controle do tráfico de drogas no Departamento de Canindeyú, na fronteira com Mundo Novo Novo, no Mato Grosso do Sul, acirra guerra entre os clãs Díaz, Alderete, e o grupo liderado por Felipe Santiago Acosta, vulgo ‘Macho’.

A facção liderada por Zacarías Alderete voltou a ganhar importância após uma viagem de seus principais líderes junto com um suboficial da polícia a Cartagena, na Colômbia.

Entre os envolvidos está suboficial Milciades López Romero, subchefe do Grupo de Operações Especiais do Departamento de Canindeyú, que foi demitido após embarcar em um avião com os três líderes do grupo criminoso sem autorização de seus chefes.

Os acontecimentos atribuídos ao Clã Alderete remontam a 2015 com a morte de um dos seus membros, Arlando Andrés Alderete Peralta, assassinado em Paranhos, no MS.

Ainda segundo investigações, outro ataque aconteceu em 2016, quando desconhecidos também atiraram contra a casa abandonada dos Alderete em Ypejhú, Canindeyú, ponto de influência deles.

Comando Vermelho

O chefe da Secretaria Nacional Antidrogas, Jalil Rachid, admitiu que o Clã Alderete é uma das facções influentes na área e conta com apoio do Comando Vermelho Brasileiro.

“Temos muita informação, mas há questões que não podemos partilhar”, afirmou o secretário de Estado em comunicação com a rádio Monumental 1080 AM.

Membros do Clã Alderete infiltraram-se em diversas entidades do Estado e também na Polícia Nacional, o que foi retratado com a viagem do suboficial Milciades López à Colômbia.

López Romero teria viajado como guarda-costas de membros do clã na cidade turística colombiana, onde o promotor Marcelo Pecci foi assassinado, em 10 de maio de 2022.

Estruturas enfraquecidas

Fontes policiais não descartaram que o policial fizesse parte ativa do grupo. No entanto, para a Senad, essa informação não está confirmada.

“Não temos indícios de participação desse policial no tráfico de drogas. Provavelmente temos e vamos disponibilizar ao Ministério Público”, acrescentou Rachid.

O Secretário de Estado minimizou a influência destes três grupos no Departamento de Canindeyú, afirmando que perderam força devido à atuação dos agentes da lei.

Ambas as estruturas, a de Macho e a de Díaz, estão enfraquecidas. “Eles não têm o poder de fogo que tinham antes”, disse ele.

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