O detento Wellington Xavier, que fugiu do IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) na manhã de quarta-feira (4), já estava com viagem programada após a fuga. Ele teve a ajuda da esposa, quando aproveitou a saída de um caminhão no portão lateral.
Segundo o delegado Pedro Cunha do Garras, Wellington já tinha planejado a fuga há algum tempo. Ele já estava com viagem programada para outro estado. Conforme o delegado, Wellington iria fugir para Natal, no Rio Grande do Norte, onde já tinha local para se esconder.
“Ele já tinha o local para que ficasse por um alguns dias, até a poeira baixar”, disse o delegado. Wellington foi recapturado horas depois da fuga em uma operação da polícia. Uma sindicância deve ser instaurada para apurar a fuga de Wellington.
O procedimento será para apurar as circunstâncias de como se deu a fuga de Wellington do Instituto Penal. Ele foi recapturado horas depois em uma ação integrada entre a Polícia Penal, do Comando de Operações Penitenciárias, e a Polícia Civil, por meio do Garras.
Em imagens de câmeras de segurança, a esposa do preso aparece com uma motocicleta Titan 160, vermelha na rua, próximo ao IPCG. Wellington corre após sair do presídio, em seguida sobe na moto e foge. Já a mulher que o aguardava tomou rumo ignorado. De acordo com a agência, Wellington foi preso no Jardim Noroeste horas depois da fuga.
Preso por estupro
Wellington foi condenado a 18 anos e seis meses de prisão em regime fechado pelo crime de estupro, ocorrido em 2018.
Na época, o Jornal Midiamax noticiou que duas irmãs, de 14 e 17 anos, estavam sendo violentadas pelo padrasto, de 36. A mais velha teria engravidado do homem com 16 anos. Quem soube do estupro foi o pai das vítimas, um mês depois.
No entanto, os abusos já aconteciam há 12 meses, sendo que vieram à tona quando a adolescente de 14 anos fugiu de casa e pediu ajuda de uma tia. Em seguida, a polícia foi acionada e passou a investigar o caso.
O caso foi relatado à Justiça, que colheu o depoimento de uma das meninas e laudos psicológicos confirmaram os abusos. Segundo o processo, os abusos teriam começado quando o namorado da mãe das meninas terminou o relacionamento.
A menina contou à Justiça que, para reatar o relacionamento, a mãe passou a mandar fotos da filha de 15 anos nua para o homem. Nas mensagens enviadas pelo WhatsApp, diz a menina, a mulher afirmava que se voltasse ele poderia ficar com a filha e com ela.
Quando o padrasto voltou, começaram os estupros, que teriam acontecido com o consentimento da mãe. A adolescente engravidou do padrasto e teve um bebê, que hoje está com 10 meses.
O pai das crianças relatou que a ex disse que o pai do bebê seria um namoradinho da filha. Ainda no relato feito pela garota de 14 anos, elas eram ameaçadas pelo padrasto caso contassem alguma coisa a qualquer outra pessoa.
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