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Polícia

Defesa pede revogação da prisão de suspeita de matar o companheiro no Jardim Aeroporto

Mulher passou por audiência de custódia na segunda-feira (10), onde teve prisão preventiva decretada
Lívia Bezerra -
morte
Crime ocorreu na residência do casal. (Foto: Lívia Bezerra, Jornal Midiamax)

A defesa da mulher de 46 anos – suspeita de assassinar o companheiro Adailton Cabreira Santana, de 29 anos – entrou com pedido de revogação da prisão nesta quarta-feira (12). O crime aconteceu no último sábado na residência do casal e a mulher teve a prisão preventiva decretada nessa segunda-feira (10). 

No pedido, a defesa alegou ausência de fundamentação idônea para a prisão preventiva e acrescentou um esboço dos depoimentos de testemunhas ouvidas. Logo, o citou o depoimento de uma pessoa que se identificou como familiar de Adailton, onde relatou que ouviu uma briga inicial às 8 horas da manhã e durante a tarde uma pessoa lhe informou que a mulher havia matado o companheiro. 

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Em seguida, a defesa apresentou uma contradição: “Apenas ouviu a discussão, porém sequer presenciou o homicídio em questão”, diz trecho do esboço.

Ainda, o advogado de defesa acrescentou o depoimento de policiais que atenderam a ocorrência naquele sábado (8). Ele menciona que no depoimento consta que uma prima da suspeita esteve no local relatando que viu a mulher na esquina da casa em atitude suspeita e que a mesma já havia agredido seu próprio filho há algum tempo em situação semelhante. “Fato este que não se confirma pelas testemunhas presentes no local”, descreve o depoimento citado. 

Logo, o advogado pontuou que a prima sequer foi até a delegacia para confirmar essas informações e não presenciou os fatos. “Como o próprio depoimento da acusada, só estavam os dois no imóvel. Destaco que, nenhuma das “testemunhas” presenciaram o fato, e mais, com a devida vênia, não adentrando no mérito, mas, quem é vítima de fato é a requerente”, argumenta a defesa. 

‘Vítima tirou a própria vida’

Em seguida, o advogado relatou: “Quebrou uma garrafa de cerveja e ameaçou e agrediu com o caco de vidro que estava em sua mão, após a briga cessar, mais uma vez se iniciou outra discussão e a vítima não satisfeita na posse de uma faca partiu para cima da acusada (acusada desarmada), certo momento a vítima cessou a própria vida”.

Na solicitação de revogação da prisão, a defesa também destacou que Adailton era violento e sempre agredia a suspeita. Além disso, pontuou que a mulher tinha medida protetiva que comprovam suas alegações e que o MPMS (Ministério Público de ) pugnou pela liberdade provisória dela. 

O advogado também disse que não há elementos concretos que indiquem que ela apresenta risco à ordem pública, em caso de soltura. Ainda, argumentou que não há indícios de tentativa de fuga, visto que é ré primária, tem residência fixa e trabalho lícito. 

“O crime imputado à requerente não se enquadra nas hipóteses que exigem necessariamente a prisão preventiva, conforme art. 313 do CPP; (iv) O Ministério Público já se manifestou favoravelmente à concessão de liberdade provisória com medidas cautelares diversas da prisão”, acrescentou.

Por fim, a defesa pediu pela substituição da prisão preventiva por medidas cautelares, como o comparecimento periódico em juízo, proibição de ausentar-se da comarca sem autorização judicial e o monitoramento por tornozeleira eletrônica, se necessário. 

A solicitação ainda não foi analisada pelo Poder Judiciário. Com isso, a suspeita continua presa.

Pedido de medida protetiva e esfaqueamento em 2024

mulher já havia pedido medida protetiva contra a vítima e também o esfaqueado em outra ocasião, no começado do ano passado.

Na época do primeiro esfaqueamento, a mulher relatou à PM (Polícia Militar) que estava separada de Adailton havia três meses após manterem um relacionamento por três anos. Naquela noite, ele teria entrado na casa dele e os dois brigaram.

Ela conta que ele teria dado um soco na cabeça dela e tentou aplicar um golpe mata-leão. Entretanto, ela pagou uma faca de serra e, para se defender, atacou ele com o objeto. Adailton acabou sendo atingido por 13 golpes que resultaram em leves perfurações pelo corpo e uma na bochecha.

Na época, Adailton estava sentado no sofá quando a polícia chegou, sendo levado para a Santa Casa, posteriormente. Ele afirmou que o casal ainda estava junto e teria provas disso. Aos policiais, a mulher ainda relatou que fez vários boletins de ocorrência por agressão contra o ex-marido e pediu uma medida protetiva de urgência.

Facada no pescoço

A mulher de 46 anos é suspeita de matar Adailton a facadas, no último sábado (8), na residência onde moravam. Ele morreu no local e ela foi presa em seguida.

Segundo vizinhos, as brigas entre o casal eram constantes e eles teriam passado o dia todo ingerindo bebida alcoólica. Familiares afirmam que a mulher havia registrado boletim de ocorrência contra ele por agressão.

Adailton Cabreira Santana, era auxiliar de pedreiro e morreu após ser atingido por facadas no pescoço. A suspeita disse que ele mesmo tinha se ferido durante uma discussão e que ela não tinha saído em nenhuma momento da residência. A faca usada no crime estava próxima do corpo.

Prima da autora esteve no local e afirmou que viu a mulher na esquina da casa em atitude suspeita. Familiar de Adailton contou à polícia que a mulher já havia agredido a vítima com faca, mas que ele não procurou para registrar as agressões dela.

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