No período de oito meses, a DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) recebeu 295 ocorrências de pessoas desaparecidas em Campo Grande. A maioria dos desaparecimentos registrados, que somam cerca de 80%, está relacionado a usuários de drogas ou álcool.
O setor de pessoas desaparecidas da especializada elaborou um diagnóstico que revela que, no período de 1º de janeiro a 1º de agosto, foram registradas 295 ocorrências, sendo que, em 240 dos casos, foram solucionados. No entanto, ainda constam 55 pessoas como desaparecidas.
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O diagnóstico aponta que, entre esses 55 registros, 30 já foram localizadas, mas as famílias não retornaram à delegacia para formalizar a baixa do boletim de ocorrência. Isso porque, nesses números, incluem-se casos de desaparecimento voluntário, ou seja, pessoas que optaram por se afastarem da própria família, seja pelo uso de álcool ou drogas ou por estarem em situação de rua.
Entre os demais motivos estão: desaparecimentos antigos (4 casos); investigações avançadas sem localização do desaparecido (9 casos); e situações em que as famílias não respondem aos contatos da delegacia (12 casos).
Com isso, entre os registros de desaparecidos campo-grandenses, a especializada aponta que o maior número envolve pessoas com vícios, como drogas ou álcool. No entanto, os números que têm se mostrado mais alarmantes é referente ao desaparecimento de pessoas idosas. Neste ano, já foram registrados 60 casos, sendo a maioria decorrente de Alzheimer ou a outros quadros demenciais.
Por fim, também foi apontado um crescimento exponencial no número de desaparecidos em razão de transtornos psicológicos, como a depressão. A maioria dessas pessoas está na faixa etária entre 20 e 45 anos.
Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas
Começa nesta terça-feira (5), em Campo Grande e outras 14 cidades de Mato Grosso do Sul, a Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas.
Três famílias de Campo Grande terão o material genético recolhido, durante a abertura da ação. Ao longo das ações em MS, duas pessoas já foram identificadas a partir do cruzamento de perfis genéticos com restos mortais não identificados.
A campanha será realizada em todo o Brasil, até o dia 15 de agosto deste ano, com a intenção de ampliar o Banco Nacional de Perfis Genéticos, facilitando, assim, a identificação de pessoas desaparecidas em todo o território nacional.
Corpos que estão no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) e enterrados poderão ser identificados. “A campanha visa à identificação de corpos que estão no Imol e de pessoas enterradas sem identificação. Com o fornecimento de material genético pelos familiares, é possível realizar o cruzamento desses dados visando à identificação dessas pessoas”, explica o delegado titular da DHPP, Rodolfo Daltro.
Para participar, as famílias precisam ter o registro do boletim de ocorrência e apresentar documentos pessoais no momento da coleta. Vale lembrar que as coletas são realizadas durante todo o ano, nas unidades de Polícia Científica do Estado.
A diretora do IALF/PCiMS (Instituto de Análises Laboratoriais Forenses/Polícia Científica de MS), Josemirtes Prado da Silva, explica que o procedimento é simples e indolor. “A coleta é feita com um cotonete passado na parte interna da boca. Se a família tiver algum item do desaparecido, como escova de dentes, cordão umbilical ou dente de leite, também pode levar.”

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