Imagens de câmeras de segurança obtidas pela Polícia Civil de Terenos, a 31 quilômetros de Campo Grande, mostram que o percurso feito pelo carro onde estava o vigia junto de Raquel Perciliano, de 59 anos, durou cerca de 20 minutos até a chegada ao local onde ela teve o corpo desovado.
Ainda conforme informações, as imagens mostram que Raquel estava no banco da frente do veículo. O encontro durou cerca de 15 minutos, sendo que logo depois, o homem retornou sozinho. O advogado do suspeito relatou ao Jornal Midiamax que ele havia se assustado quando viu Raquel passando mal e sangrando.
Mas a perícia não encontrou vestígios de sangue no carro e nem sinais de luta. Também não há indícios de que ele parou para socorrê-la. Inicialmente, o Imol (Instituto de Medicina Legal) atestou que Raquel morreu devido a um infarto.
Agora a polícia espera pelo laudo para saber a real causa da morte de Raquel. A polícia deve pedir pela quebra do sigilo telefônico de Raquel para saber sobre consultas médicas. Ela teria problemas cardíacos, segundo a filha.
Teve um surto
O homem que jogou o corpo de Raquel Perciliano em uma vala em Terenos, alegou para a polícia que entrou em surto no domingo (27).
Em contato com o Jornal Midiamax, o advogado do suspeito, Ivan Oliveira da Silva, disse que o cliente contou que ‘entrou em surto’ quando o questionaram sobre o motivo de não levar a vítima para o hospital. “Quando viu a vítima passando mal, pensou que ela estava morta e entrou em surto. Ele ficou desesperado e sem saber o que fazer”, afirmou o advogado.
Após jogar o corpo de Raquel na vala, o homem — que também é servidor municipal da cidade — contou para a família o ocorrido e viajou até Campo Grande, onde procurou o advogado e informou os fatos. Em seguida, o advogado foi até a delegacia e, junto da polícia, dirigiu-se até o local onde o corpo da mulher estava.
O advogado ainda revelou que o cliente e a família do homem estão bastante abalados com a situação. O homem está passando por um tratamento psiquiátrico. “Ele está muito abalado, pois em nenhum momento queria que ela morresse. Ele não pensou que isso pudesse acontecer”, explicou Ivan.
Diferente do informado anteriormente, que no dia da morte seria o segundo encontro de Raquel com o amante, o advogado esclareceu que o casal estaria tendo encontros há muitos anos. Assim como os familiares da vítima, a defesa aguarda o resultado do laudo sobre a causa da morte da mulher.
Investigações
Conforme informações apuradas pelo Jornal Midiamax, o amante teria buscado Raquel próximo à antiga rodoviária de Terenos e, depois, o casal foi para a rodovia manter relações sexuais, quando a mulher começou a passar mal.
Em seguida, o homem carregou Raquel no colo, após achar que ela estivesse morta, jogou-a em uma vala e colocou um tapete em cima do corpo. Ele teria rodado com ela no veículo por cerca de 2 horas até a desova do corpo.
Após jogar o corpo na vala, o amante dirigiu até Campo Grande, onde entrou em contato com o advogado, e o profissional informou a polícia sobre o ocorrido. Entre o corpo jogado na vala e o acionamento da polícia, foram cerca de 5 horas, o que a Polícia Civil ainda investiga. Câmeras de segurança por onde o carro passou na rodovia MS-335 também deverão ser analisadas.
A polícia ainda deverá pedir pela quebra do sigilo telefônico de Raquel, para saber dados de consultas médicas anteriores, e não descarta uma reconstituição do crime. Em maio, ela teria passado por uma consulta de rotina e estava afastada do trabalho.
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