Uma das travestis acusada de tentar matar outra queimada durante discussão na madrugada de domingo (19) está envolvida também no caso em que o caminheiro Jeferson Pontes Barbosa, de 32 anos, morreu em um motel na Vila Taveirópolis, em Campo Grande.
A morte de Jeferson aconteceu no último dia 8, há 12 dias. Ele foi agredido pela travesti após discordância por conta de valores de programa sexual, porém a polícia acredita que a morte tenha sido natural, e não decorrente das agressões. O caso ainda está em investigação.
O delegado Sam Aranha, que investiga a morte de Jeferson, explicou ao Jornal Midiamax que ainda não chegaram os laudos que comprovem a real causa da morte da vítima. Por enquanto, o caso segue em investigação como morte a esclarecer.

“A lesão causada na vítima não seria suficiente para causar o óbito, então a suspeita inicial seria uma parada cardiorrespiratória. A gente não sabe se por questões naturais ou provocada pelo consumo de drogas, uma suposta overdose”, explicou o delegado, no dia do crime.
Naquele dia, foi o próprio caminhoneiro que, por volta das 13h, acionou a PM (Polícia Militar) através do 190. Mas, logo que a equipe chegou ao motel, ele não resistiu e foi a óbito.
Briga após limite de Pix excedido
Conforme o delegado Sam Suzumura, a vítima havia combinado o programa sexual com uma travesti e um garoto de programa. Por volta das 6 horas da manhã, chegou ao motel acompanhada da travesti, e, na sequência, chegou o terceiro envolvido, o garoto de programa.
Com isso, eles usaram drogas dentro do quarto e, ao final, a vítima teria pagado o motel e também a travesti. Mas, seu limite de Pix acabou sendo excedido e ele não conseguiu efetuar o pagamento do garoto de programa, momento em que as discussões iniciaram.
Após os levantamentos da polícia e perícia no motel, a travesti e o garoto de programa foram encaminhados para prestar esclarecimentos na delegacia.

Travesti teve 90% do corpo queimado
Já no caso ocorrido neste fim de semana, uma travesti teve a casa e o corpo incendiados após discussão em uma boate. Outras duas travestis foram presas.
Segundo a polícia, todas trabalham realizando programas e na boate tiveram uma discussão sobre os programas realizados, o que resultou na expulsão das autoras do local em virtude da confusão criada.
Irritadas, as duas foram até um posto de combustível, compraram gasolina e seguiram até a casa da vítima. Chamaram pela vítima, que ao chegar no portão foi atingida pelo combustível e logo pelas chamas.
Amigos e familiares da vítima foram até a delegacia e informaram a localização das autoras, que acabaram presas com o auxílio de investigadores da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa).