Frederico Alcides Amaro está sendo julgado nesta terça-feira (18) por matar a tiros, Fabiano Aparecido dos Santos por engano, em março de 2023, no bairro Tiradentes, em Campo Grande.
Durante depoimento, Frederico contou que trabalhava em uma garagem e vendeu uma motocicleta. Ele cobrava ‘Gordo’, a quantia de R$ 550 pelo ‘negócio’. “Estava cobrando pela minha comissão”, disse.
Ele contou ainda que chegou a passar na frente da casa de Gordo e perguntou por ele. Uma mulher teria respondido que ele não estava.
Depois que saiu do serviço, passou novamente na casa do alvo. Eles conversavam pelo celular, quando Gordo dizia que não o pagaria. “Aí ele veio lá do fundo da casa com mais três pessoas que eu não conheço, já perguntando o que eu tava fazendo ali, em tom de raiva. Eu, com medo de estar sozinho, comecei a atirar”, contou.
Aos jurados, ele disse que a intenção não era matar. “Atirei para me defender, porque vi alguém pegando uma faca. Não deu para ver quem era porque estava escuro. Fiquei com medo e atirei”.
Três dias depois ele se apresentou na delegacia. “Quando eu fiquei sabendo, liguei para um amigo advogado e ele disse que era melhor eu me entregar junto com a arma”.
Ele disse que entregou a arma com 3 ou 4 munições, porém a perícia constatou que havia apenas uma munição, sendo que 9 foram disparadas.

Assassinato
Uma testemunha contou que a vítima fazia uso de drogas e que, no momento do crime, ela estava nos fundos sentada junto ao proprietário da quitinete, quando o autor passou em uma motocicleta Titan, de cor escura, bem devagar, indo embora.
Momentos depois, o autor voltou e do portão passou a fazer os disparos acertando o homem baleado na cabeça. O dono do local fugiu.
Ele se apresentou na delegacia três dias depois e durante o depoimento falou que havia comprado o revólver para proteção pessoal.
Contou também que matou Fabiano por engano, já que tinha como alvo o dono da quitinete, conhecido por ‘Gordo’, que fugiu e não foi encontrado. Um desacerto comercial de R$ 550 seria a motivação para o assassinato.
No dia do crime foi até a quitinete para cobrar esta dívida que os três – autor, vítima e ‘Gordo’ – teriam, da venda de uma motocicleta. Conforme alegado pelo autor, ele não tinha recebido a sua parte.
Mas, quando ele chegou à quitinete, Fabiano “passou a xingá-lo de macaco, vagabundo e malandro”, fazendo menção de estar armado com uma faca e indo para cima dele. Neste momento, ele fez o disparo.
O dono da quitinete fugiu e não foi localizado. Ele deve ser ouvido como testemunha. O autor foi autuado por homicídio simples.

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