Às vésperas do júri popular de Nilton Fernandes de Souza e Lucas da Silva Cordeiro pelo assassinato da adolescente Vitória Caroline de Oliveira Honorato, em Ivinhema, os pais da menina pedem justiça nesta quarta-feira (23).
Vitória tinha 15 anos quando foi assassinada em janeiro de 2022 na cidade que fica a 291 quilômetros de Campo Grande. Ela ficou desaparecida por quatro dias antes de ser encontrada morta em um brejo de Ivinhema.
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Nesta quarta (23), um dia antes do julgamento, o pai da adolescente disse ao site local, Ivinotícias, que a família espera justiça. “A gente achou que demorou muito… mas queremos justiça. Porque tanto o juiz é pai, como os jurados são pais. Eles vão entender o que passamos. Agora só nos resta esperar o júri, porque ela não volta mais. Mas que a pena seja justa, para servir de exemplo”, falou.
Há três anos, o pai de Vitória passa pelo local onde ela foi assassinada e se recorda do crime que vitimou a filha. “Todo dia a gente passa ali e lembra. Se fosse por mim, já tinha ido embora, mas minha esposa quis ficar. Ela vai ao cemitério quando bate a saudade. É difícil. A gente vive com isso todo dia”, desabafou ao Ivinotícias.
O julgamento de Nilton e Lucas acontece nesta quinta-feira (24), às 8h. A dupla é acusada de homicídio qualificado pelo motivo torpe, com emprego de asfixia, mediante emboscada, feminicídio e ocultação de cadáver.
Feminicídio
Na época, três homens foram presos pela morte da adolescente, entre eles, o namorado de Vitória, Lucas da Silva Cordeiro. Além de Lucas, o vizinho Nilton Fernandes de Souza, 39 anos, (contra quem havia mandado de prisão temporária), e ainda José Antônio dos Santos, de 60 anos. Somente o vizinho confessou o crime.
Nilton era vizinho de Vitória Caroline e segundo testemunhas viu a jovem crescer. Ainda conforme relato de moradores de Ivinhema, um dos presos teria inclusive participado das buscas pela jovem. Após notícia do desaparecimento, Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, além de vários amigos e familiares fizeram buscas pela adolescente.
Detido, o vizinho chegou a confessar participação no crime, alegando que ajudou na ocultação de cadáver. Ele ainda disse que o namorado teria matado a vítima por esganadura, por ciúmes. Ele também alegou que foi obrigado, junto com José, a ocultar o cadáver. Já os outros dois envolvidos negaram participação no crime.
A partir de um objeto com o cheiro da vítima, a cadela Laika, do Canil do Corpo de Bombeiros de Campo Grande, apontou a residência abandonada. A casa foi apontada como o local onde Vitória foi assassinada. Depois, segundo depoimento de Nilton, ele e os outros dois acusados se revezaram, levando a vítima até um brejo, onde o corpo foi encontrado.
O corpo da vítima foi encontrado já em avançado estado de decomposição, por conta da data da morte e também das condições climáticas.
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