Professores de Biologia da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) se reúnem nesta quarta-feira (12) após a condenação de um docente por estupro contra uma aluna na instituição.
O caso de estupro veio à tona após o professor ser condenado nesta semana a 8 anos de prisão em regime semiaberto e indenização de R$ 30 mil por danos morais. A decisão é em primeira instância, ou seja, cabe recurso. Enquanto isso, o professor segue dando aulas na universidade.
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Diante disso, professores de Biologia da UFMS estão se reunindo após a repercussão, enquanto um grupo de alunos da instituição organiza uma manifestação, com o tema “Não se cale! Sem mais casos de assédio”. Conforme apurado pela reportagem do Jornal Midiamax, a manifestação está marcada para às 14 horas da tarde da próxima sexta-feira (14).
Corregedoria da UFMS irá apurar estupro
A Corregedoria da UFMS irá apurar os fatos que implicaram um professor condenado por estuprar uma aluna durante uma festa acadêmica. A jovem, na época com 22 anos, estava dormindo em um dos quartos da casa quando foi abusada pelo professor.
De acordo com a UFMS, na época do crime, em 2016, não foi aberto um PAD (Procedimento Administrativo Disciplinar) para apurar a denúncia feita pela acadêmica por “não estar claro o suficiente os indícios de ilícitos cometidos.”. A aluna estava embriagada quando foi estuprada.
Em nota a UFMS disse que: “Mediante a sentença proferida pela Justiça Estadual, a reitoria da UFMS determinou no dia de hoje, com base em parecer da sua Procuradoria Federal, a revisão do ato administrativo exarado em agosto de 2016, que havia definido pela não apuração dos fatos pela UFMS. A Corregedoria realizará o procedimento para a completa apuração de responsabilidade do servidor.”.
Estupro em festa acadêmica
“Foi muito sofrido, mas estou aliviada porque existe Justiça”. Esse é o desabado da agora ex-acadêmica da UFMS que foi estuprada pelo seu próprio professor e orientador durante festa em uma república.
A aluna, na época com 22 anos, estava dormindo em um dos quartos da república quando foi abusada pelo professor. Durante a festa, a aluna ingeriu bebidas alcoólicas e começou a passar mal.
Nisto, amigas que já tinham percebido um comportamento estranho do professor, que durante a confraternização passava as mãos pelo corpo da vítima, visivelmente embriagada, foram ao socorro da jovem, a levando para um dos quartos da casa para que ela pudesse descansar.
No entanto, o professor foi atrás e, ao perceber que a acadêmica estava no cômodo sozinha, entrou e trancou a porta. Uma das amigas percebeu a ausência do professor e foi atrás da amiga no quarto, quando viu que a porta estava trancada.
Ela chamou as amigas, que começaram a bater. O professor saiu em seguida. Quando entraram no quarto, a jovem estava chorando desorientada e sem as roupas íntimas. As amigas deram banho na vítima e perguntaram se lembrava do que havia ocorrido, e ela dizia que não.
“Eu não queria acreditar no que havia ocorrido comigo”, disse a mulher, que hoje está com 31 anos. Para o Midiamax, ela contou que após tanta exposição, já nem acreditava mais que seria feita Justiça.
“Depois de tantos anos a Justiça chegou”. Ela contou ainda que na época pensou em desistir de processar o autor do crime, mas que teve apoio de outros professores e amigos.
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