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Polícia

Após caso Vanessa, jornalistas são impedidos de entrar na Casa da Mulher Brasileira

Jornalistas foram informados de que somente delegada poderia autorizar entrada no local, que é público
Thatiana Melo, Carol Leite -
Vítima foi conduzida para a Deam, onde prestou depoimento e pediu medidas protetivas. (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Após o feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, e manifestações cobrando o atendimento dado pela (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) a jornalista, a imprensa foi barrada na entrada da delegacia, na manhã desta terça-feira (18), em .

A equipe do Jornal Midiamax junto de outras equipes de outros jornais foram barrados na entrada da delegacia, sendo informados que só a delegada iria poder dar a autorização para a entrada dos jornalistas na Deam. 

Nesta segunda-feira (17), o Midiamax publicou matéria sobre a delegada que fez o atendimento a Vanessa horas antes, na madrugada do dia 12 deste mês, da jornalista ser assassinada com três facadas pelo ex-noivo, Caio Nascimento, que teve a prisão preventiva decretada. 

A delegada que atendeu a jornalista Vanessa, e registrou o boletim de ocorrência em que a vítima denuncia o ex-noivo é a delegada Riccelly Maria Albuquerque Donhas, que passou no último concurso da Polícia Civil, em , e está em estágio probatório.

A suposta inexperiência da delegada é apontada pelos próprios colegas de profissão como um dos fatores determinantes para que Vanessa classificasse, em áudio enviado para uma amiga, que foi tratada de maneira ‘fria e seca’ na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), horas antes de ser assassinada pelo seu ex-noivo.

‘Rejeitado’ escolta

Em entrevista coletiva, a delegada titular da Deam, Eliane Benicasa, disse para toda imprensa campo-grandense que teria oferecido escolta, mas a jornalista teria ‘rejeitado’. Vários jornais de Campo Grande compraram a versão policial.

Os relatos de Vanessa apontam descaso e erros grosseiros no atendimento que ela recebeu quando procurou ajuda na Casa da Mulher Brasileira. Como em muitos casos de feminicídio em Mato Grosso do Sul, a ajuda não chegou a tempo.

A jornalista detalhou para uma amiga pouco antes de ser assassinada que esperava ‘chegar com a polícia’ para tirar o assassino da casa dela. Não conseguiu.

Sem escolta, Vanessa foi morta com três facadas pelo agressor, que já tinha longo histórico de ocorrências por .

Reunião Comissão

A Comitiva do Ministério das Mulheres em Campo Grande afirmou que o atendimento da Casa da Mulher da Capital precisa de aperfeiçoamento. Reunião de domingo (16) terminou com a promessa de produção de relatório sobre melhorias no atendimento às mulheres na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de MS) e Casa da Mulher Brasileira.

O documento deverá ser entregue à ministra Cida Gonçalves e posteriormente a autoridades nacionais, para providências sobre as denúncias apontadas em áudio da jornalista morta pelo ex-noivo.

A ouvidora do Ministério da Mulher, Graziele Carra Dias, disse que o atendimento “precisa ser aperfeiçoado em vários setores, não só aqui na Casa da Mulher em Campo Grande, mas como em várias outras casas das mulheres”.

Apontou que existe um “monitoramento constante com a CNEV e com o Ministério das Mulheres em outras Casas”. Disse que a visita é frequente em outras unidades da Casa da Mulher. “Aqui, como é a mais antiga, né, é o primeiro protocolo, primeiro de relacionamento, então tudo isso está sendo aperfeiçoado”, reforçou.

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