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Polícia

Amiga de réu afirma em julgamento que foi ameaçada por Renner, assassinado há 3 anos no Nova Lima

Renner dos Santos de Aquino, de 26 anos, foi assassinado a tiros em janeiro de 2022, no bairro Nova Lima, em Campo Grande
Mirian Machado, Carol Leite -
(Nathalia Alcântara, Midiamax/ Redes socoais)

Gleisson Rogers Araujo da Silveira senta no banco dos réus no Tribunal do Júri desta quarta-feira (12), durante julgamento pelo assassinato de Renner dos Santos de Aquino, de 26 anos, em janeiro de 2022, no bairro Nova Lima, em Campo Grande.

Durante julgamento, a amiga de Gleisson, Fernanda Mesquita Marcelino, contou que foi ameaçada pela vítima naquele dia. Ela disse que morava na rua em que a vítima morreu e que Gleisson morou com ela e com o marido por um tempo.

Conforme o relato, Fernanda estava sentada em frente de casa, quando Renner desceu a rua acompanhado de uma mulher e a cumprimentou. “Como eu não conhecia, eu não cumprimentei. Meu marido começou a discutir com o Renner, e eles começaram a se agredir com soco, e desceram a rua. Cerca 40 minutos depois o meu marido retornou”, lembrou.

Disse ainda que Renner retornou e ameaçou o casal, dizendo que não ficaria por isso e que mataria a família. “O Gleisson estava no quarto dormindo, ouviu a gritaria, a movimentação, mas não interviu. Depois ele saiu para ver, mas não disse nada. Ele saiu de casa a pé e não vi mais ele”, finalizou.

Ainda durante o julgamento, Jonathan Henrique Simão da Silva, motorista do carro onde Renner estava quando foi assassinado, contou que a família alugou uma casa com piscina para passar o Ano Novo. Naquele dia, a vítima foi embora antes da família.

“Deixamos uma amiga da minha esposa em casa e na volta encontrei o Renner no caminho e perguntei o que estava fazendo no meio da rua. Ele entrou no carro e não disse nada”, lembrou.

Pouco tempo depois o carro começou a fazer um barulho e então Jonathan parou o veículo para ver o que era. 

“Eu desci e do nada parou um carro do lado e o passageiro desceu com a arma na mão. Eu disse que estava com crianças no carro e ele [atirador] disse que o problema era com o Renner e atirou nele”, contou, lembrando ainda que a vítima nem desceu do carro, foi assassinado pela janela, que estava aberta.

A cunhada de Renner, Aparecida Luz, irmã da esposa dele, contou que o casal estava casado há um mês na época. Ela disse que não tinha muito contato e só foi ter convivência com ele no Natal. 

Ela confirmou a versão do marido. Disse ainda que ao escutar o barulho dos disparos, abaixou a cabeça das crianças. “A gente virou o carro e corremos para o posto, mas chegando lá ele já havia falecido”, lembrou.

Ela relembrou ainda que chegou a ver outra pessoa no carro, mas não se lembra se era homem ou mulher, além do autor e do motorista.

“A minha filha teve um trauma, na escola, não consegue ouvir barulho alto, que ela se assusta. Está fazendo tratamento com neuro pediatra e vai passar com psicóloga”, disse.

Relembre o crime

Renner dos Santos de Aquino, de 26 anos, foi morto a tiros em frente de uma criança, no dia 1º de janeiro, no Bairro Nova Lima. O suspeito, identificado como Gleisson Rogers Araújo, estava se preparando para fugir, mas acabou detido com armas, munições e drogas.

No motel, os policiais realizaram uma abordagem. Gleisson supostamente confessou ter assassinado Renner e que a arma usada no crime estaria em sua residência, localizada no Aero Rancho.

No imóvel do assassino, dentro de um saco, os policiais encontraram um revólver calibre 357. Na casa, os militares também encontraram munições e drogas, sendo 20 porções de pasta base e cinco de .

Uma das testemunhas dirigia o Palio e no banco do passageiro ao lado estavam sua esposa e seu filho, de dois anos. Já no banco de trás estavam a sogra e Renner, que era amigo da família e pegava uma carona. Perto do cruzamento das ruas Zulmira Borba e Francisco Pereira Coutinho, o carro teve uma pane e parou.

Foi neste momento que o atirador chegou, desceu e foi direto até a janela onde estava Renner. Os dois tiveram uma discussão e o homem apontou a arma de fogo para a vítima, quando o motorista implorou para ele não atirar. “Pelo amor de Deus, tem criança aqui”, teria dito.

Mesmo assim, o suspeito afirmou que o “rolo” era com Renner, fez os disparos contra a cabeça da vítima e fugiu. A família não conhecia o autor do crime e o motorista conseguiu levar o rapaz até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Nova Bahia após o carro funcionar.

Renner chegou ao já sem vida — Polícia Civil e Perícia foram acionadas. No registro da ocorrência, foi constatado que o rapaz estava evadido do Sistema Prisional.

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