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Polícia

Acusado da morte de garagista em Campo Grande é alvo de ação que prendeu suplente de vereador

‘Especialista do PCC’ usava testas de ferro em Mato Grosso do Sul
Thatiana Melo -
'Especialista do PCC' foi preso em 2023 na Bolívia

Thiago Gabriel Martins da Silva, conhecido como ‘Especialista do PCC’, também foi um dos alvos da Operação Chiusura, deflagrada pelo Distrito Federal com cumprimentos de mandados em . O suplente a vereador, Ronaldo Cardoso do Podemos, foi preso no Rio Grande do Norte. O grupo ostentava vida de luxo, com fazendas e pousadas. Integrantes do grupo eram inseridos em camadas de alto poder aquisitivo.

‘Especialista do PCC’ é um dos acusados da morte do garagista Carlos Reis, conhecido como ‘Alma‘. Em agosto de 2023, Thiago foi preso na Bolívia em uma ação durante a apreensão de aeronaves que seriam usadas para transportar .

De acordo com as investigações, o grupo liderado por Thiago em Mato Grosso do Sul era responsável pelo fornecimento de entorpecentes ao Distrito Federal. O núcleo de Mato Grosso do Sul mantinha significativos vínculos com o estado do Rio Grande do Norte, onde um dos investigados possuía uma pousada. Em Campo Grande foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e seis de prisão, mas todos os alvos presos foram encontrados no Rio Grande do Norte.

As investigações indicaram que familiares do traficante conhecido pelo codinome “Especialista”, morador de Mato Grosso do Sul, eram usados como ‘testas de ferro’, figurando como beneficiários de valores provenientes de traficantes do Distrito Federal e do chamado Núcleo Nordeste. 

A estrutura criminosa integrada por esses indivíduos é informalmente referida por integrantes de outros núcleos como pertencente ao “Núcleo Sinaloa”, numa alusão à facção criminosa mexicana.

Equipes do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) dão apoio à ação no Estado. Foram cumpridos 19 mandados de prisão temporária e 80 de busca e apreensão contra um grupo suspeito de tráfico interestadual de drogas e .

Vida de luxo

Conforme a investigação, integrantes da organização criminosa eram inseridos em camadas de alto poder aquisitivo. O líder da organização criminosa no Distrito Federal tinha uma propriedade rural dedicada à criação de gado leiteiro em Planaltina e recentemente havia se mudado para a capital Catarinense. 

Já integrantes do núcleo financeiro em Goiás ostentam imóveis luxuosos e diversos veículos de alto padrão. O núcleo nordestino residia em um apartamento de luxo no bairro de Ponta Verde, em Maceió. Foram determinados o sequestro judicial de 17 veículos e 7 imóveis, incluindo uma residência luxuosa em condomínio fechado em Goiás. Dezenas de contas bancárias foram bloqueadas, incluindo as de uma fintech sediada em São Paulo, que chegou a movimentar cerca de R$ 300 milhões em apenas três meses.

Assassinato de Alma

Conforme a denúncia, Vitor, vulgo “Primo”, e Thiago, vulgo “Especialista”, armados com uma arma de fogo e uma faca, mataram Alma, que desapareceu na manhã do dia 30 de novembro em um estabelecimento na Avenida Gunter Hans, em .

Alma realizava “negócios” com os acusados emprestando dinheiro a eles e mantinha boa relação com ambos. A vítima foi atraída para o local, de propriedade de Thiago, achando que receberia o pagamento de um empréstimo que o acusado havia contraído.

Após a saída dos funcionários, restando somente os três réus e Alma, Thiago, simulando que saldaria a dívida, tirou um montante de dinheiro do bolso e começou a contar na frente da vítima, que estava sentada em uma cadeira observando a contagem. Neste momento, Vitor se aproximou da vítima pelas costas e o golpeou no pescoço. Por sua vez, Thiago, que também estava armado, efetuou disparos contra Alma.

Foi investigado ainda que Alma era “sócio” do pai de Thiago em negócios envolvendo agiotagem. O garagista teria emprestado grande montante de dinheiro a diversas pessoas. Porém, o pai de Thiago faleceu em 2020 e, por esse motivo, Thiago queria receber o dinheiro emprestado pelo pai e Alma por “direito”.

Como um dos credores não havia feito o pagamento, Thiago começou a arquitetar a morte dele, juntamente com alma e Vitor, mas em certo momento Alma acabou desistindo de matá-lo. Thiago se revoltou, pois não receberia o dinheiro, aliado à dívida que tinha com Alma, incluído com bens penhorados, arquitetou a morte do garagista, juntamente de Vitor, que também devia para a vítima.

Após o assassinato, o trio colocou o corpo do garagista no porta-malas de um Chevrolet Corsa Sedan até local desconhecido e fizeram a limpeza do local. Thiago se apossou de uma caminhonete da vítima, uma Ford F-250, que havia sido deixada por Alma no comércio de Thiago para realização de serviços de funilaria.

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