A mulher, de 28 anos, acusada de matar o oficial de Justiça Gesualdo Xavier em julho do ano passado, vai a júri popular em Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande. Ela está presa desde a época do crime.
A decisão, datada do último dia 24 de abril, é do juiz de Direito, Evandro Endo, da Comarca de Itaporã. O magistrado pontuou que é inevitável concluir que existem indícios suficientes de autoria a recair sobre a acusada. Por isso, não cabe a impronúncia neste momento.
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Assim, a mulher foi pronunciada, ou seja, encaminhada para o Tribunal do Júri. “Ante o exposto, pronuncio a denunciada, como incursa nas sanções previstas no artigo 171, § 4° (1º Fato), artigo 121, § 2°, IV e V (2º Fato), artigo 155, §4-B (3º Fato) e artigo 211 (4º Fato), nos moldes do artigo 69, todos do Código Penal, para que seja submetida a julgamento pelo Tribunal do Júri desta comarca”, diz trecho da decisão.
Além da decisão do júri popular, que ainda não tem data marcada, o magistrado manteve a prisão preventiva da acusada.
Crime foi premeditado
De acordo com o delegado Erasmo Cubas na época do crime, a mulher mantinha um tipo de relacionamento em que ela estaria ‘ludibriando’ o oficial oferecendo imóveis em Campo Grande, que seriam dela para que ele adquirisse.
Foram descobertas várias conversas entre os dois em que discutem as transações comerciais. A família de Gesualdo passou a desconfiar das conversas e com o desaparecimento na segunda-feira (22) procuraram a delegacia.
Ainda conforme o delegado, o oficial teria permitido que ela negociasse uma caminhonete S10 que ele tinha, acreditando que com o dinheiro da venda do veículo compraria o imóvel da autora. Erasmo revelou que a mulher vendeu a caminhonete em uma loja em Campo Grande.
Pela negociação, ela recebeu R$ 84 mil em sua conta e não repassou ao oficial que a estava pressionando. Por isso, a autora teria premeditado o crime para se livrar das pressões de Gesuel. Com isso, ela fingiu uma viagem para Campo Grande para mostrar o imóvel.
Mas, na estrada, a mulher matou o oficial de Justiça com dois golpes de faca, sendo um do lado direito e outro na jugular. A faca usada estava dentro do carro. Após isto, ela retirou o corpo de Gesuel do carro e ateou fogo no veículo com álcool que também estava no interior do carro.
Logo após o assassinato, ela voltou a sua conveniência apagando as imagens de câmeras de segurança. Ela ainda guardou a corrente de ouro do oficial, assim como seu celular e carteira com cartões bancários.
Quando presa, ela não demonstrou remorso, e segundo o delegado se mostrou fria e tranquila. Foi feito o pedido de prisão preventiva.
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