Atletas do time sub-17 do União ABC foram agredidos ao final da partida que ganharam de 3×1 contra o time Moreninhas, no jogo do último domingo (1°), no Estádio Olho do Furacão, no bairro Los Angeles, em Campo Grande.
A mãe de um atleta explicou que não teve motivo para a agressão e que os jogadores do time adversário, além da comissão técnica, estavam agressivos ainda durante a partida. “Estavam falando palavras de baixo calão e fazendo gestos obscenos, tanto a comissão técnica e os atletas também”, explicou.
O filho dela é quem aparece nas imagens desmaiando após levar um soco no rosto. De vermelho, o adolescente parece visualizar a discussão, quando um homem de camisa preta, desfere um soco no rosto do garoto, que cai em seguida.
“Meu filho treina desde os 9 anos, nunca havia acontecido algo assim. Jamais tínhamos passado por isso. Ele nunca se envolveu em briga, sempre foi muito disciplinado”, explicou, ainda muito abalada.
A mãe levou o filho até a delegacia e registrou ocorrência na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) por lesão corporal dolosa. À polícia, ela contou que o filho foi ao local do jogo de bicicleta e ela de carro.
Ao final da partida ela foi embora de carro e o garoto ia de bicicleta, mas demorou para chegar na residência. Assim que chegou, ela percebeu que o filho estava com a boca inchada.
Ao questioná-lo, ele explicou que, na saída do local, ele, os amigos e o técnico foram abordados por torcedores e jogadores do time adversário. O técnico teria sido segurado por eles e o adolescente foi atingido por um soco no rosto. Ele chegou a ficar desacordado por alguns segundos, conforme imagens gravadas no local.
O adolescente passou por exame de corpo de delito e o caso é investigado.
“Ele usa aparelho, então cortou bastante a boca dele, sente dor na mandíbula e dor para mastigar”, lamenta a mãe.
A Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul foi procurada pela reportagem, mas afirmou que o caso é tratado pelo Tribunal de Justiça Desportiva. A reportagem não conseguiu contato com o TJD-MS, porém o espaço segue aberto para manifestação.