Um ano após assassinato de Cícero no Natal em Campo Grande, suspeita ainda não foi localizada

Crime ainda não teve respostas e MP deu prazo até final deste mês para investigação da polícia

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Cícero foi encontrado morto em casa na manhã de Natal. (Alicce Rodrigues, Midiamax)

Há um ano, o idoso, cadeirante, José Cícero da Silva, de 61 anos, foi brutalmente assassinato. O crime até hoje não foi esclarecido, ou seja, não há confirmação de autor(es), nem da possível motivação. Uma mulher é suspeita, mas até o momento ela não foi encontrada para prestar esclarecimentos.

O crime foi descoberto na manhã de Natal, dia 25 de dezembro do ano passado. O filho da vítima, de 14 anos, foi quem o encontrou, caído, já sem vida, esfaqueado e ensanguentado.

A polícia fez diligências, mas não encontrou câmeras de segurança que auxiliassem no caso.

Testemunhas disseram e chegaram a apontar uma mulher vulgo ‘Sapatão’ como suspeita do crime. Disseram ainda que a vítima teve uma desavença com a mulher tempos anteriores.

Consta ainda no inquérito policial, que foi feito diligências, mas ela não foi encontrada. Moradores da região disseram que ela está desaparecida do bairro desde então. A polícia chegou a ir em pelo menos três endereços atrás da suspeita, mas não a encontraram.

Um colega da vítima contou que esteve no bar naquela manhã e a tal mulher também. Ele pagou uma dívida que tinha com a vítima, comprou cigarro e foi embora, sendo que a mulher ficou sentada lá sem consumir nada. A vítima, segundo relato, aparentava estar irritada.

O colega, assim que chegou em casa, cerca de 10 minutos, recebeu ligação de um vizinho informando que mataram a vítima.

Outro homem conhecido como ‘Pateta’ havia sido apontado como autor, porém ele foi localizado, negou os fatos e informou que na época estava internado em uma clínica de reabilitação, se disse surpreso por terem o apontado no crime.

Local onde a vítima morava e conveniência que administrava (Alicce Rodrigues, Midiamax)

Morte no Natal

Amigos e vizinhos contaram que a vítima era cadeirante, pois teve de amputar pernas e mãos por conta da diabete. Cícero morava sozinho e administrava uma conveniência na Rua Manduba.

No dia anterior, véspera de Natal, ele havia convidado a ex-esposa e o filho para almoçarem juntos no dia 25. 

A ex-esposa contou à polícia que viveram juntos por quatro anos. Quando foi morar com Cícero, ela estava grávida e ele então assumiu a criança. Explicou que apesar da separação tinham uma convivência amigável tanto que a vítima havia a convidado para almoçar no Natal.

Ela, o filho e outra filha, que teve anteriormente, foram até a casa da vítima em um carro por aplicativo, chegando por volta das 9h30.

Ao chegarem no local, estranharam que a porta estava entreaberta. O filho do casal foi o primeiro a entrar e teria gritado: “Mãe corre aqui, olha o que aconteceu”. Cícero estava no chão ensanguentado. 

O vizinho escutou e foi até o local. Em seguida acionaram o socorro e a polícia.

Na época o adolescente contou ao Jornal Midiamax que havia combinado com o pai na véspera de Natal de almoçarem juntos nesta segunda, mas ele acabou perdendo a hora e José mandou mensagens por volta das 9 horas, quando o garoto foi até o bar do pai.

Ao entrar no estabelecimento encontrou o corpo da vítima caído no chão e com diversas facadas, principalmente no pescoço. Uma pochete de José com dinheiro e documentos desapareceu.

Moradores não ouviram barulhos e nem pedidos de socorro.

A Polícia Militar foi acionada e a suspeita era que o autor tenha entrado pelos fundos. Na frente do terreno funciona o bar e nos fundos fica a casa da vítima. A vítima morava na região há 30 anos, e segundo informações sempre teve o comércio no bairro.

Sem sucesso na elucidação do crime, em outubro deste ano o Ministério Público requereu a localização e inquirição da mulher, suspeita do assassinato, e ainda concedeu dilação de prazo por 60 dias para investigação, ou seja, até final deste mês de dezembro.

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