Traficante ganharia R$ 300 para receber pacote com lança-perfume que explodiu na mão de funcionário
Jovem foi preso com outros dois comparsas poucas horas depois da explosão em uma transportadora no Coronel Antonino
Lívia Bezerra –
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O jovem, de 23 anos, preso na própria casa na Rua Esperanto, no bairro Danúbio Azul, em Campo Grande, ganharia R$ 300 para receber o pacote com lança-perfume que acabou explodindo na mão de um funcionário na tarde dessa segunda-feira (18).
Uma equipe da Força Tática do 9º BPM (Batalhão de Polícia Militar) prendeu o rapaz, com outros dois comparsas, poucas horas depois da explosão. O incidente ocorreu em uma transportadora terceirizada no bairro Coronel Antonino.
Durante o interrogatório na delegacia, o jovem alegou que conheceu o dono do lança-perfume há dois anos. Disse também que, na semana passada, o comparsa entrou em contato perguntando se ele queria ganhar R$ 300 para receber uma encomenda que chegaria pelos correios.
Durante a proposta para receber a encomenda, o comparsa teria dito que era apenas uma caixa de mercadoria e que não tinha problemas. Como estava precisando de dinheiro, o jovem disse à polícia que aceitou receber a encomenda e passou o endereço para o comparsa.
Com isso, ele combinou para a encomenda ser entregue na segunda (18). Em seguida, ele receberia o dinheiro. Porém, a encomenda não chegou e o rapaz mandou mensagem para o dono do pacote lhe questionando, momento em que ele respondeu que iria chegar.
Já por volta das 20h30, os policiais militares abordaram o jovem em casa e ele afirmou que estava esperando uma encomenda, que não chegou.
Em seguida, os militares lhe disseram que a encomenda continha frascos de lança-perfume, que explodiram durante a entrega. Então, ele respondeu que não sabia do conteúdo da encomenda e indicou o responsável pela droga.
Comparsa nega envolvimento no crime
O comparsa, de 24 anos, alegou que conhece o jovem há 7 meses e que já fumaram maconha juntos. Na segunda (18), ele mandou mensagem para o rapaz, dizendo que iria levar um ‘baseado’ para ele, pois o dele estava acabando.
Na delegacia, o rapaz negou ter combinado a entrega de lança-perfume, pois disse que não sabia da droga e acusa o comparsa de tentar se livrar da responsabilidade dele.
Já o jovem de 26 anos disse apenas que é usuário de maconha há 12 anos e comprou drogas de um desconhecido na favela do Mandela.
Prisão do trio
Com o endereço da encomenda onde os pacotes seriam entregues, a polícia foi até a residência na Rua Esperanto. Lá encontraram o destinatário.
Então, ele confessou que receberia a encomenda, como também disse que fazia a comercialização de maconha e que em sua residência havia uma pequena quantidade da droga.
Ele ainda disse que vendia para manter o sustento da sua família. Ele comercializava em pequenas quantidades e a fazia as entregas com a motocicleta.
O morador ainda contou que havia um comparsa que também guardava e estocava drogas em sua residência no bairro Nova Lima. Já na residência do comparsa, os policiais encontraram no forro da casa três pacotes de maconha. No quarto, os militares apreenderam mais três tabletes de maconha; duas seladoras e um plástico filme para embalar a droga.
Por fim, na casa de outro comparsa que era dono do lança-perfume, no bairro Taquaral Bosque, os policiais localizaram dois potes de droga, contendo maconha.
Explosão de pacote
O pacote que explodiu na mão de um funcionário de uma transportadora, no bairro Coronel Antonino, em Campo Grande, nesta segunda-feira (18), era de embalagens de lança-perfume.
O pacote explodiu quando o funcionário deixou cair a caixa no chão ao manuseá-la. Com a queda, o produto que estava em recipientes de vidro e sob alta pressão acabou estourando. De acordo com informações obtidas pelo Jornal Midiamax, o produto que estava pressurizado faz um efeito metralha com os vidros dos invólucros.
A encomenda veio de Itaboraí, no Rio de Janeiro, com destino a um morador do bairro Danúbio Azul. Foi descartado qualquer material explosivo na transportadora ou em outras caixas. O único frasco restante foi despachado para destruição.
Imagens mostram momento da explosão
Conforme as imagens obtidas pela reportagem do Jornal Midiamax, a explosão aconteceu às 14h07 da tarde desta segunda (18), quando o trabalhador estava organizando algumas caixas nos fundos do galpão. Ele manuseia uma caixa amarela, quando em determinado momento, ele troca o objeto de lugar e ocorre a explosão.
Após a explosão, o funcionário teve a mão atingida e sofreu ferimentos leves. Ele foi levado para atendimento médico, mas logo recebeu alta.
No local, os militares do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) usaram um canhão para realizar a neutralização do material com mais segurança. Após os trabalhos, o pacote foi encaminhado para perícia para confirmar qual o material que causou a explosão na mão do funcionário da transportadora.
O advogado André Molento e o proprietário da transportadora conversaram com a reportagem do Jornal Midiamax. Assim, eles afirmaram que a empresa é terceirizada e recebe encomendas de todo o Brasil. O pacote que explodiu na mão do funcionário veio do Rio de Janeiro.
Então, após o recebimento, a empresa realiza a distribuição das encomendas para Campo Grande e todo o estado de Mato Grosso do Sul.
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