Pular para o conteúdo
Polícia

Testemunhas serão ouvidas em audiência sobre organização que tinha veterinário financiador do tráfico 

Veterinário foi apontado como o financiador de R$ 1 milhão para o tráfico
Thatiana Melo -
(Henrique Arakaki, Arquivo Midiamax) - Ilustrativa

A Justiça marcou a audiência para ouvir testemunhas do caso da organização criminosa que foi alvo do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), em 2023 que tinha um médico veterinário como financiador do tráfico. O veterinário foi apontado pelas investigações de ter dado R$ 1 milhão a organização.

A audiência foi marcada para o dia 10 de outubro às 13h30, quando serão ouvidas “testemunhas arroladas pela acusação e defesa, realização de diligências requeridas pelas partes e, por fim, o interrogatório. Observem-se as decisões anteriores proferidas nestes autos que especificam as testemunhas e interrogatórios restantes, em sendo o caso, evitando, assim, atos intimatórios desnecessários”.

São apontados como réus: Adam Dias Alves de Santana, Allan Aparecido dos Santos Barrios, Bárbara Lacerda de Souza Donato, Carla Daniela Piris Gimenez, Cassio Marcelo Barbosa Moreira, Diego Fernandes Silva, Ezequiel Vilalva de Andréa, Fabio Correa de Souza, Florisvaldo de Gaspari Favareto, Francisco Nogueira de Souza, Frank França Chura Cruz, Jéssica Churra Cruz, José Marcelo dos Reis Rodrigues Filho, Joseli de Almeida, Josias Araújo Martins, Luany Vieira Cupertino Gomes, Lucas Moura Escobar, Maicon Igo Barbosa Moreira, Milton Moro Rabesquine, Monique de Almeida Moreira, Rogério Michel Cardoso, Sebastião de Souza Pinto, Valdirene dos Santos Rodrigues e Wellington Aquino Braga.

O médico veterinário foi preso na segunda fase da Operação Traquetos, em agosto de 2023. Na segunda fase, foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão, nos municípios de , Corumbá e Santana de Parnaíba, em São Paulo. De acordo com as investigações, o médico veterinário forneceu dinheiro para a compra de cargas de drogas na fronteira do Brasil com o Paraguai. Um traficante, com condenação anterior na região de , que sabia como operar no esquema, é suspeito de ter intermediado a compra.

Na primeira fase, foram cumpridos nove mandados de prisão. Um CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), um dos alvos nas investigações, é apontado como um dos líderes da organização.

Organização sofisticada 

Organização estruturada, articulada e com logística sofisticada: assim foi definido o grupo alvo da Operação Traquetos, deflagrada pelo Gaeco com a primeira fase deflagrada em março de 2023.

A organização criminosa também traficava pedras preciosas e ouro, mas a base era o tráfico de drogas. As investigações mostram que o grupo chegou a transportar cerca de 10 toneladas de maconha.

Em interceptações telefônicas, investigadores do Gaeco descobriram a troca de 931 mensagens entre um dos líderes e outro membro do grupo. As mensagens foram trocadas em um período de 15 dias, entre 8 e 23 de junho. Os dois discutiam a retirada de 200 peças de maconha de uma garagem, que era usada por eles como ‘guarda-roupa’ – termo usado para mencionar o local onde escondiam a droga.

“Já! Já retirou velho, eu já paguei tudo lá já, ai o GURI cobrou SETE CONTO, SETE PEÇA lá pra retirar e guardar lá, tem que ter DUZENTAS E DUAS PEÇAS lá certinho, ele já conferiu já, só falta o *** ligar o telefone e entrar em contato que o GURI lá vai buscar, eu já passei o telefone pro GURI só que chega aqui, chega lá ele não responde”, diz uma das mensagens interceptadas pelo Gaeco.

Em outra mensagem é possível perceber a preocupação dos membros da organização em relação à polícia que sempre estava na região. “Uma semana que é pra pegar o BAGULHO lá e ninguém pega mano, porra cara eu tô, é foda mano aqui toda hora tá POLÍCIA entrando aqui entendeu? Tá lotado aqui não dá pra ficar com o telefone em cima não”.

Segundo as investigações, outra preocupação da organização era a necessidade de encontrar outro lugar para armazenar a droga.

Em outra interceptação telefônica entre um casal, também alvo da operação, a mulher questiona o marido sobre como ele estava ligando para ela de dentro do presídio e o homem responde que entrou na unidade prisional com o chip do celular embaixo da língua.

Na conversa, o casal fala da movimentação financeira das atividades ilícitas. A ligação dura pouco mais de 3 minutos e o homem pede à mulher que salve seu novo número.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

1867 – Da retirada da Laguna para o Rio, Taunay chega a Camapuã

Caminhoneiro envolvido em acidente com carreta na BR-267 morre após 16 dias em hospital

Rapaz é surpreendido e esfaqueado por desconhecido no Centro Pop em Campo Grande

Olha a pizza!

Notícias mais lidas agora

‘Qualidade superior’: MPMS paga quase R$ 100 no quilo do café para empresa mineira

PF deve investigar jovem que fingia ser estudante de medicina na UFMS e atuava no hospital

cpi LÍVIO CONSÓRCIO

Sem resultados, CPI já gastou mais de R$ 100 mil e dispensou oitiva com dono do Consórcio

Chelsea supera o corajoso Espérance e enfrenta o Benfica nas oitavas do Mundial

Últimas Notícias

Trânsito

Motociclista morre em acidente com micro-ônibus em cruzamento de rua em MS

Passageiro da motocicleta carregava garrafa de vodka na cintura

Cotidiano

Frio intenso na fronteira com MS pode ter feito uma vítima fatal

Jovem indígena foi entrado morto em colônia de Pedro Juan Caballero

Leandro Mazzini - Coluna Esplanada

Brasil exportou para a Europa e a Ásia 486 T de frutas nos primeiros cinco meses de 2025

O faturamento foi de U$S 548,7 milhões

Bastidores

[ BASTIDORES ] Recorde de velocidade

Deputada 'protestou' contra chamada de atenção: "porque sou mulher"