Testemunhas são ouvidas em primeira audiência de Razuk por envolvimento no jogo do bicho  

Deputado é apontado como líder da organização criminosa

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Testemunhas do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) devem prestar depoimento nesta segunda-feira (11), em Campo Grande, na primeira audiência do jogo do bicho, após a deflagração da Operação Sucessione, em 2023.

O deputado Neno Razuk é apontado como o líder da organização criminosa que contava com policiais militares como ‘gerentes’ do grupo. De acordo com o advogado André Borges, nesta segunda (11), apenas irão depor testemunhas de acusação. A audiência deve ocorrer às 14 horas, quando devem ser ouvidas testemunhas arroladas pelo Gaeco. 

Outra audiência do caso ainda deverá ser marcada. Entre testemunhas de acusação e defesa, devem ser ouvidas 20 pessoas. 

Na época da deflagração da Operação Sucessione, Neno foi alvo de buscas e apreensão em sua casa em um condomínio de luxo, em Campo Grande. Na ocasião, quatro assessores do deputado foram presos. O major aposentado da PM, Gilberto Luiz, também foi preso. 

O deputado foi acusado de usar servidores da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul) para a organização criminosa do jogo do bicho. As denúncias de servidores da secretaria envolvidos com a organização causaram um racha na secretaria.

Reportagem do Jornal Midiamax, em julho deste ano, revelou uma guerra entre os grupos de Neno Razuk, ‘Banca BR’, contra outro grupo, ‘Banca Kapital’, que estaria tentando dominar o jogo do bicho em Campo Grande.

Segundo alguns anotadores de apostas, policiais militares e civis estariam abordando os cambistas para impor a mudança do controle das banquinhas do jogo do bicho para os donos da ‘Banca BR’.

Em agosto, um perito da Polícia Civil foi denunciado a Corregedoria por ameaçar anotadores do jogo do bicho do grupo que seria rival a Neno Razuk, que supostamente seria apontado como líder.

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