Ladrões se passam por policiais com mandado de prisão e fazem família refém em Campo Grande

Houve perseguição e quatro suspeitos foram presos por equipe da Guarda Civil Metropolitana

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GCM localizou e prendeu suspeitos -(Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Uma família viveu momentos de terror na manhã deste sábado (1º), após serem mantidos reféns durante roubo à residência em um bairro próximo ao Cidade Morena, em Campo Grande. Quatro ladrões foram presos, mas outros – não se sabe ao certo quantos – seguem foragidos. A suspeita da família é de que os criminosos já estivessem vigiando a família.

Conforme informações repassadas ao Jornal Midiamax pela própria família, tudo começou por volta das 10h20, quando o filho adolescente, de 17 anos, saiu de casa. Ele foi abordado pelos quatro homens, que afirmaram ser policiais civis, inclusive, apresentando identificação, e que tinham um mandado de prisão para o pai do garoto. A todo momento, os bandidos apontavam uma arma para a cabeça do menino.

Depois, o grupo entrou em casa com o garoto e abordaram o pai, de 37 anos. Os homens reafirmaram sobre o mandado de prisão direcionado a ele, mas em nome de Raimundo, que não é o nome do pai.

Mesmo assim, os criminosos amarraram o pai e o adolescente com um enforca gato. A mãe também estava na residência, mas se recusou a deitar no chão e passou a gritar pela filha, de 10 anos, que estava nos fundos da casa. “Também tentei gritar para avisar os vizinhos, mas como moramos perto de um salão de festas, eles não estranharam o movimento incomum na casa”, explicou a mãe.

Com o pai e filho amarrados com enforca gato, os ladrões colocaram a família dentro de um quarto e passaram a revirar a casa. A família passou a questionar a intenção dos criminosos e diziam que, se quisessem levar os pertences, poderiam.

Adolescente exibe marcas do enforca gato – (Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Um dos bandidos, que estava a todo momento em ligação telefônica, então, respondeu que estava “negociando” a soltura deles. Enquanto o assalto ocorria, um amigo do adolescente e um amigo do pai chegaram à residência. Eles também foram feitos de amarrados e levados para o “cativeiro”.

A ação durou cerca de 40 minutos. As vítimas só conseguiram se soltar quando notaram que os criminosos não estavam mais lá.

Perseguição

Os criminosos chegaram em três veículos, sendo um Volkswagen Gol prata, um Chevrolet Vectra preto e um carro branco que não foi identificado. Após o fim da ação, o pai, o amigo dele e o amigo do filho entraram no carro da família e passaram a perseguir o Gol, enquanto o filho pegou a motocicleta e foi atrás do Vectra.

O menino se deparou com uma viatura da GCM (Guarda Civil Metropolitana) e informou sobre o ocorrido. Pouco tempo depois, os guardas conseguiram localizar o Vectra branco e render quatro suspeitos, que foram presos e levados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol.

(Foto: Henrique Arakaki)

Os suspeitos do Gol preto e do outro carro branco não foram localizado, contudo, o pai da família afirmou que reconheceu um dos ocupantes do gol como um ex-policial. O GCM Nogueira, que atendeu a ocorrência, explicou que “essa informação foi passada pela vítima e ainda será investigada pela Polícia Civil”.

À reportagem, também disse acreditar que as identidades passadas pelos suspeitos presos são falsas. “Eles negam o crime. Acreditamos que estejam envolvidos em uma quadrilha que praticam crimes com esse mesmo modus operandi pela cidade há um tempo”, contou.

Acompanhava a rotina

A família feita de refém contou, também, que, possivelmente, o grupo já estava os vigiando. Isso porque começaram a detalhar informações da rotina deles. “Eles falaram que tínhamos saído para jantar ontem a noite, e de fato tínhamos. Também disseram o nome do meu filho e ações do dia a dia dele”, contou a mãe. Eles são proprietários de uma transportadora aqui na Capital.

Com os quatro presos foram apreendidos oito celulares, um revólver .38 milímetros e dois simulacros de pistola. A Polícia Civil faz buscas para tentar localizar os outros envolvidos no crime. Na casa há câmeras de segurança, mas os criminosos fugiram levando o HD que armazena as imagens.

(Divulgação, GCM)

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