Suspeito de se passar por policial para roubar família disse que mora em casa com diversos itens roubados
Polícia investiga se há ligação dos suspeitos com quadrilha conhecida por cometer crimes da mesma natureza
Victória Bissaco, Thatiana Melo –
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Um dos suspeitos presos neste sábado (1º), por fazer família refém durante roubo à residência em um bairro próximo ao Cidade Morena, em Campo Grande, informou às autoridades que um dos carros usados na ação, um Chevrolet Vectra preto, é do irmão dele. Ele e pelo menos mais cinco pessoas estão envolvidas no crime, mas apenas quatro foram capturados por equipe da GCM (Guarda Civil Metropolitana).
Informações apuradas pelo Jornal Midiamax apontam, ainda, que o suspeito disse que reside na casa de uma mulher onde diversos itens são produtos de furto e roubo. O endereço não foi informado por ele.
Para concretizarem o roubo e abordar a família, os quatro suspeitos afirmaram para o adolescente, de 17 anos – abordado pelo grupo enquanto saía de casa, por volta das 10h20 – que eram policiais civis, apresentando, inclusive, identificação da profissão, e possuíam um mandado de prisão em nome do pai dele.
À reportagem, o GCM Nogueira explicou que há desconfiança de que os suspeitos integrem uma quadrilha conhecida no meio policial por cometer furtos do tipo. Também há dúvidas quanto a verdadeira identidade deles.
“Isso será investigado pela Polícia Civil, porque eles também podem não estar falando a verdade sobre os nomes deles, sobre a identificação deles e os documentos podem nem ser verdadeiros. Então, vai ser solicitado provavelmente o trabalho de um papiloscopista para fazer essa veracidade das informações”, explica.
Fora os integrantes presos, a Polícia e a GCM trabalham com a possibilidade de haver mais envolvidos na ação. O pai, por exemplo, perseguiu os ocupantes do Gol prata e disse ter reconhecido um deles como um ex-policial, já o filho informou ter visto uma mulher em um dos veículos. É importante frisar que as autoridades fazem buscas para tentar localizá-los.
Ação violenta
A ação durou cerca de 40 minutos e foi bastante violenta. Por exemplo, ao abordarem o adolescente, o grupo chegou a apontar uma arma para a cabeça do menino. Depois, invadiram a casa e encontraram o pai, dizendo que tinham um mandado de prisão em nome de Raimundo – que não é o nome do pai.
Mesmo com a negativa da família, os suspeitos amarraram pai e filho com abraçadeiras de nylon, também conhecidas como “enforca gato”, e os colocaram em um quarto, junto com uma mulher – que é esposa do homem e mãe do adolescente – e com a filha do casal, de apenas 10 anos. Depois, um amigo do garoto e um amigo do pai chegaram à casa, e também foram feitos refém.
À reportagem, a mãe da família lembra que um dos suspeitos estava em ligação no celular a todo momento e dizia que estava “negociando” a saída deles.
Eles fugiram em três veículos: um Gol prata, um carro branco não identificado pela família, e o Chevrolet Vectra preto, que foi apreendido. Com os quatro suspeitos foram encontrados dois simulacros de pistola, um revólver .38 milímetros, nove enforca gatos, relógios, controles de portão, chaves de carro e 11 celulares.
O GCM Nogueira disse, também, que “eles negam o crime. Acreditamos que estejam envolvidos em uma quadrilha que praticam crimes com esse mesmo modus operandi pela cidade há um tempo”.
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