Suspeito de matar empresário por engano em MS diz que disputa de facção motivou crime

Homem confessou que vítima tinha características parecidas com alvo, inclusive tatuagem no braço

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(Empresário é morto a tiros. Idest)

Um dos executores do assassinato do empresário Tiago Valdecir Sandrin, de 38 anos, em Sonora, confessou o crime, afirmando ainda que confundiram o alvo. O empresário, segundo o acusado, tinha características semelhantes às do funcionário, alvo do crime, inclusive uma tatuagem no braço.

O motivo do assassinato seria guerra entre facções. Os autores acreditavam que o funcionário seria de uma facção criminosa rival.

Delegado Geral da Polícia Civil, Roberto Gurgel. (Foto: Nathália Alcântara, Midiamax)

Segundo o delegado geral da Polícia Civil, Roberto Gurgel, foi constatado que eram dois autores em uma motocicleta. O garupa desceu, entrou no estabelecimento e efetuou os disparos.

Em certo momento, a arma travou, foi quando o piloto da motocicleta entrou no comércio e efetuou mais disparos. O garupa conseguiu arrumar a arma, retornou ao local e disparou novamente. 

Foi identificado ainda que havia uma terceira pessoa, em um carro Ecosport, de cor preta, dando apoio.

Com as características do veículo, foi identificado o local onde os suspeitos estariam, uma casa ainda na cidade. Com a ajuda da PM, foi realizado um cerco, quando Rhariston Alves de Souza investiu contra os policiais, que revidaram e o atingiram. Ele foi socorrido, mas morreu.

Na casa havia outras pessoas, sendo os dois executores, um ocupante do carro, quatro adultos e dois menores de idade. Todos se renderam.

Os adultos e menores negaram envolvimento no assassinato, mas confessaram o crime de tráfico de drogas. Na residência, foram apreendidas pasta base de cocaína, cocaína, maconha, dinheiro, duas pistolas 9 milímetros, uma espingarda calibre 12 e aparelho celular.

“O crime foi elucidado, os autores presos, os objetos apreendidos. Infelizmente acabou levando a morte de mais uma vítima dessa guerra entre facções criminosas e o crime organizado”, disse Gurgel.

Procurado em MT

Segundo a Polícia Civil de MT, o homem era procurado após, com apoio de outros comparsas, praticar um assalto em uma empresa de autopeças em Rondonópolis.

O assalto aconteceu no dia 16 deste mês. Dois homens e uma mulher foram presos, mas a polícia ainda procurava por Rhariston.

A quadrilha surpreendeu os funcionários da empresa e os mantiveram em cárcere privado enquanto tentavam fazer transferências bancárias via Pix dos aplicativos das vítimas. Além disso, os criminosos roubaram dinheiro em espécie, joias e os aparelhos celulares. Dois autores estavam armados. 

A Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) conseguiu a identificação de três suspeitos através de câmeras de segurança. Dois deles foram presos.

A polícia chegou a divulgar foto de Rhariston, que também estava com mandado de prisão em aberto expedido pela Comarca de Alto Araguaia pelos crimes de homicídio, associação criminosa e sequestro e cárcere privado.

Assassinato por engano

Por volta das 22h, dois indivíduos não identificados chegaram ao comércio a bordo de uma bicicleta e efetuaram vários disparos de arma de fogo.

Tiago Sandrin foi atingido e levado para o Hospital ainda com vida, porém, não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.

Conforme o delegado responsável, Murilo Jorge, o empresário foi morto por engano, já que o ‘alvo’ dos criminosos seria um funcionário do comerciante. No local do crime, foram encontrados 26 projéteis deflagrados de pistola calibre 9mm. O suspeito de ter pilotado a motocicleta foi preso neste domingo.

Logo após o ocorrido na Lanchonete Sandrin que vitimou Tiago, todos os comércios que funcionam à noite foram fechados, houve muita correria e medo pelas ruas. No domingo (21), ainda de acordo com o Idest, a cidade amanheceu deserta, tomada por medo e tristeza.

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