Rodinilson Diniz dos Reis, 33 anos, foi assassinado com um golpe de mata-leão na cela 3 do Pavilhão 02, no IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) na madrugada desta terça-feira (2). O suspeito é o colega de cela da vítima, de 23 anos, integrante da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) que alegou que Rodinilson teria tentado forçar uma relação sexual com ele. 

O detento foi encontrado sem vida por um policial penal durante o pagamento do café da manhã. A cela onde ele estava é ocupada por acusados de crimes sexuais e da minoria LGBTQIA+, quando estes cometem faltas disciplinares na unidade. 

Durante interrogatório na delegacia, o suspeito afirmou ser homossexual e que Rodinilson chegou em sua cela na tarde de terça-feira. Após a janta, o rapaz estava dormindo quando, segundo o depoimento, Rodinilson foi até ele e teria tentado manter uma relação sexual contra sua vontade. 

Diante disso, o rapaz desferiu um golpe de mata-leão contra o detento e o segurou até ver que Rodinilson não teve mais reação e ainda o arranhou no pescoço. Ele contou que a vítima ficou se debatendo, bateu a cabeça na parede e caiu, acreditando que tenha ido a óbito. Outros quatro internos estavam na cela no momento do crime. 

O suspeito relatou que esperou até o amanhecer e quando o policial penal foi pagar o café da manhã na cela, informou que Rodinilson estava morto. 

O rapaz ainda disse à polícia que após o golpe contra a vítima, falou com um dos detentos e disse que achava que tinha matado Rodinilson, quando o colega foi até o corpo e também confirmou o óbito. 

Ele alegou no interrogatório que está arrependido e que é integrante da facção criminosa. Também informou que teve desentendimento no presídio e como estava jurado, além de ser homossexual, foi colocado na cela 3. 

O caso foi registrado homicídio qualificado na 3ª Delegacia de Polícia Civil.