Presa por envolvimento em execução por dívida de R$ 46 em Juti é solta

Crime aconteceu na noite do dia 4 deste mês e a mulher foi presa em Naviraí, bem como seu marido e filho, de 43 e 18 anos

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Uma mulher, de 36 anos, envolvida na execução de Aldoberto Pereira Barbosa, de 38 anos, por uma dívida de cerveja de R$ 46 em Juti, a 311 quilômetros de Campo Grande, foi solta no último dia 12.

Aldoberto Pereira Barbosa foi assassinado com três tiros na própria casa, na Rua Princesa Isabel, região central de Juti, na noite de quarta-feira (4). Vizinhos escutaram disparos de arma de fogo na casa dele por volta das 22 horas. Como ele não saiu para trabalhar na manhã do dia seguinte, a vizinhança estranhou e encontrou a vítima já sem vida e com marcas de tiros.

Logo após o crime, a mulher foi presa em Naviraí, bem como seu marido e filho, de 43 e 18 anos. A suspeita estava presa preventivamente pelo crime de homicídio qualificado desde a data dos fatos e no último dia 12, a Justiça decidiu pela sua liberdade, imposta com medidas cautelares. 

O crime

As investigações apontam que pai e filho saíram em uma motocicleta de Naviraí e foram até Juti para cometer o crime. Já a mulher teria participado do homicídio pelo fato de ter ligado para várias pessoas para saber onde a vítima morava.

Interrogada pela polícia, a irmã da mulher disse que por volta das 17h do dia 4, ela ligou perguntando se Aldoberto estava morando em Juti. Ela afirmou, mas disse que não o via há alguns dias. Já por volta das 20h39, Aldoberto enviou um áudio via WhatsApp dizendo “Boa noite, prima. Hoje estou falando com você, mas amanhã não sei”. E no fim do áudio, foi possível ouvir dois tiros.

As 21h54, o suspeito enviou um áudio do celular de sua esposa para a prima com as seguintes palavras: “Oi, você falou com ‘manã’ Aldoberto”, momento em que ela disse sim e ele lhe enviou outra mensagem, também em áudio, dizendo: “Eu fui em Juti fazer uma visitinha para ele e escutei ele conversando com você no áudio. Você não me conhece, não sabe meu nome é não vai falar nada, viu”.

Outro familiar interrogado na delegacia disse que às 18h do dia 4, a suspeita ligou perguntando se o mesmo sabia se Aldoberto morava em Juti e se tinha o endereço. Como são familiares e não sabia do desentendimento, ele passou o endereço.

Durante depoimento, a mulher confessou que sabia do plano de matar a vítima e que ligou para a irmã para tentar conseguir o endereço dele, mas que outro familiar é quem saberia com exatidão.

Em seguida, ela ligou para o familiar, que confirmou o endereço e 40 minutos depois, marido e filho disseram que iriam até Juti. 

Por fim, ela disse à polícia que o filho e o marido retornaram por volta das 21h30 e ficaram por algum tempo na área da casa. Questionados, o filho apenas riu e o marido teria dito ‘você acha que eu fui lá atoa?’, segundo o depoimento. Com isso, ela entendeu que a dupla teria assassinado o homem.

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