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Polícia

Presa no Paraná, acusada de esquartejar jogador pede transferência para presídio de MS

O crime aconteceu no dia 24 junho de 2023, quando Hugo foi morto a tiros, facadas, e ainda teve o corpo esquartejado e jogado dentro do rio
Mirian Machado -
Rúbia e Hugo (Redes sociais)

Rubia Joice de Oliver Luvisetto, presa por participação na morte do ex-namorado, o jogador de futebol Hugo Vinicius Skulny, de 19 anos, esquartejado em junho do ano passado em , a 467 km de Campo Grande, entrou com pedido na Justiça para ser transferida para um presídio de .

Atualmente, ela segue detida em Goioerê, no Paraná, desde o dia 13 de junho após decisão da Justiça. O pedido é que ela seja levada, se possível, para o presídio de Jateí, mais próximo da família.

A defesa solicitou a transferência, na terça-feira (26), devido a ter se passado vários meses e considerando a distância e a idade avançada dos avós, além do fato do processo tramitar em Mato Grosso do Sul.

A acusada manifesta o desejo de ter sua transferência de volta para este Estado da federação”, diz o documento. Ainda segundo o pedido, inicialmente não foi providenciado porque já havia sido expedido mandado de prisão e Rubia havia informado que se apresentaria no presídio do Paraná, onde estava morando. 

Todavia, passados vários meses, pede seja autorizada sua remoção para o Mato Grosso do Sul, a fim de ficar mais próximo de seus familiares e da Comarca onde se processa ação penal”, afirma, explicando que Rubia participou de todos os atos processuais e já houve o encerramento da primeira fase do procedimento do tribunal do júri.

Rubia chegou a ficar presa 8 meses depois da descoberta do assassinato de Hugo. Em março deste ano, ela teve a liberdade provisória concedida pela Justiça. Contudo, o Tribunal da Justiça expediu um mandado de prisão em maio, quando voltou à prisão.

Saco com garrafas de bebida alcoólica e bicicleta estavam na casa onde Hugo foi assassinado. (Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax)

Relembre o caso

Rubia é acusada de matar o jogador com a participação do ‘ficante’, Danilo Alves Vieira da Silva, e do amigo, Cleiton Torres Vobeto.

O crime aconteceu no dia 24 junho de 2023, quando Hugo foi morto a tiros, facadas, e ainda teve o corpo esquartejado e jogado dentro do rio. 

Hugo teve um relacionamento com Rubia por oito meses, porém terminou o namoro. Desde então, Rubia não aceitava o término e constantemente enviava mensagens pedindo para encontrar com a vítima, mesmo assim se envolvia com Danilo, para tentar causar ciúmes. 

Na noite do dia 24 de junho, ocorreu uma festa no “Posto do Arnóbio” no Paraguai, próximo à com Sete Quedas e Rubia encaminhou mensagens para o jogador a fim de atraí-lo para ter relações no fim do evento.

Hugo estava na festa acompanhado de amigos enquanto Rubia, Danilo e Cleiton pertenciam a outro grupo. A todo tempo, a autora se insinuava para Danilo a fim de causar ciúmes em Hugo.

A festa perdurou até a madrugada quando Rubia, Danilo e Cleiton foram embora em uma Saveiro prata, de propriedade de Rubia, até a casa dela.

Hugo continuou na festa até que recebeu novas mensagens da autora pedindo que se encontrassem na casa dela. Hugo, então, foi de carona com um amigo até a residência de Rubia.

Ao entrar no imóvel, a vítima encontrou o trio, logo Danilo sacou uma arma de fogo e efetuou disparo fazendo com que o jogador caísse. Cleiton verificou que Hugo ainda respirava, então Rubia buscou as chaves do veículo enquanto Cleiton e Danilo deviam colocar a vítima na carroceria da picape.

Os dois levaram a vítima até a propriedade rural da família de Danilo, na rodovia MS-160, entre Sete Quedas e Tacuru, onde colocaram Hugo no chão. Quando percebeu que, apesar de abatido, ele ainda estava vivo, a dupla pegou um facão e desferiu golpes na região do tórax, matando-o. Segundo o laudo necroscópico, esses ferimentos do facão foram a causa eficiente da morte.

Os dois pegaram a vítima e a jogaram no Rio , depois voltaram para a casa de Rubia. Nesse tempo, a menina recebeu o padrasto e passaram a ocultar os vestígios de sangue na casa, jogando água. Depois que Danilo e Cleiton voltaram, Patrick pegou o carro, deixou Danilo na casa dele e ocultou a Saveiro usada no crime.

Depois entrou em contato com a esposa, mãe de Rubia, que concordou que todos, menos Danilo, fossem para sua casa, no Paraguai. Lá organizaram para não contar do crime a ninguém.

Em seguida, mãe e filha levaram Cleiton para sua casa também naquele país. Ainda na manhã seguinte ao crime, os pais de Rubia voltaram à residência dela e limparam a casa, depois pegaram a saveiro e adulteraram o estado da coisa, a fim de induzir os agentes da persecução criminal em erro.

Entre os dias 25 e 1º, Danilo voltou para o sítio de sua propriedade e com um barco motor, percebeu que o cadáver de Hugo estava visível. Ele, então, o retirou do rio e com uma máquina serra fita mutilou o corpo em diversos pedaços menores e atirou os restos mortais novamente no Rio Iguatemi.

Danilo usou máquina para esquartejar o jogador.

Qualificadoras

Segundo o MP, o crime foi cometido por motivo torpe. Isso porque Rubia e Danilo mataram a vítima por ciúmes. Rubia por não aceitar o término e Danilo por repudiar o interesse da ‘ficante’ ainda com a vítima.

Meio cruel porque foi cometido com exacerbado sofrimento da vítima, ao ser ferido com tiro, carregado na carroceria da picape e depois vítima de golpes de facão.

Recurso que dificultou a defesa da vítima, uma vez que Hugo, já ferido com o tiro, foi transportado de carro de um local para o outro e depois ainda recebeu golpes de facão, o que dificultou as chances de defesa.

Por esse motivo, o MP informa que altera a tipificação da denúncia e do outro aditamento a fim de imputar a Cleiton também o cometimento do crime de homicídio qualificado, tipificado, bem como adequar a descrição das circunstâncias qualificadoras com os resultados dos laudos periciais que sobrevieram aos autos.

Desse modo, o MP requer que as defesas dos acusados sejam intimadas e que sejam aproveitadas as provas já produzidas nos autos e, com o recebimento do aditamento pelo juízo, seja designada nova audiência de instrução exclusivamente para interrogatório dos réus Danilo e Cleiton, devido à alteração substancial da imputação que lhes recai.

Na época do crime, o Jornal Midiamax foi até a cidade e conversou com moradores, já que o crime brutal deixou a população chocada e assustada.

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