A Polícia Civil esclareceu a situação relatada ao Jornal Midiamax pela família de Ailton Franco da Silva, de 24 anos, de que estariam sem respostas há 3 anos, sobre a morte do rapaz, que foi sequestrado e assassinado com 24 tiro em agosto de 2021.
Familiares haviam dito que desconhecem o andamento das investigações, mas a Polícia Civil afirmou em nota que os delegados da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa) nunca deixaram de atender familiares de vítimas que buscam informações sobre investigações em andamento.
Segundo a polícia, a investigação sobre o assassinato de Ailton está a cargo do delegado José Roberto de Oliveira Júnior, que informou que desde a data do crime foram e ainda são realizadas diligências.
São ações como requisições de perícias (de local de crime, de balística, de micro comparação balística e outras), oitivas de diversas pessoas (inclusive de pessoa residente em outra cidade, o que exigiu deslocamento de equipe policial), representações perante o Poder Judiciário (visando assegurar a eficácia das investigações, não serão especificadas), etc.
O delegado ainda explicou que o caso é muito complexo, pois há elementos de informação que constam nos autos de inquérito policial que indicam, inclusive, a participação da vítima em negociações de grandes quantidades de drogas com traficantes e, no ato da entrega, comparsas dele rendiam os traficantes e roubavam os entorpecentes.
Os traficantes roubados não comunicavam o fato às autoridades, prejudicando a identificação das “vítimas” dos roubos de drogas praticado por Ailton e seus comparsas.
Foi esclarecido ainda que os familiares de Ailton foram ouvidos na delegacia logo após o crime, antes mesmo do corpo de Ailton ser encontrado, e omitiram fatos extremamente importantes, somente revelando-os após a equipe de investigação da DHPP levantar outras informações em campo e confrontá-los em novas oitivas.
“Contudo, o lapso temporal entre a omissão dos familiares e o levantamento de informações da equipe de investigação provocou a perda de provas importantíssimas, que causaram prejuízo irreparável.
As investigações seguem para esclarecer o crime, mantendo-se o mesmo empenho do início da apuração.
O delegado que preside a apuração está à disposição dos familiares de Ailton Franco da Silva, como sempre esteve, para esclarecer os andamentos da investigação no que for possível, na sede da DHPP, no horário de funcionamento da Delegacia”.
Crime
Ailton Franco da Silva, de 24 anos, foi executado com 24 tiros, no dia 10 de agosto após ser sequestrado de sua casa, no Jardim Centro Oeste. Mas, o que a morte do rapaz teria a ver com facção? Informações apuradas pelo Jornal são de que Ailton estaria envolvido com tráfico de drogas, apesar da família do rapaz negar e dizer que ele era uma pessoa ‘tranquila’ e não fazia uso de entorpecentes.
Não se sabe se a execução seria por um negócio mal-sucedido de comercialização de drogas, ou ainda, falta de pagamento.
Os suspeitos estavam armados com submetralhadoras e usavam coletes, além de máscaras, cobrindo o rosto. Conforme a testemunha, eram três homens que estavam em um carro prata, sendo que um deles permaneceu no veículo, enquanto outros dois foram até a porta da residência da vítima. O trio teria dito que Ailton foi “preso por tráfico de drogas”, levando ele.