‘Pitbull’ é condenado a 21 anos por atentado que deixou policial penal paraplégico

O policial penal ficou paraplégico devido ao disparos

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Na época, o atentado teria sido atribuído ao PCC (reprodução)

Fabiano Nere Santana, de 33 anos, conhecido como ‘Pitbull’, um dos envolvidos na tentativa de homicídio contra um policial penal em 2016, em Naviraí, foi condenado a 21 anos e cinco meses de prisão. O julgamento aconteceu no Tribunal do Júri será em Dourados. O policial penal ficou paraplégico devido ao disparos.

Na época, o atentado teria sido atribuído ao PCC (Primeiro Comando da Capital), sendo que, em 2021, quatro envolvidos foram condenados. Contudo, ‘Pitbull’ passou um longo período foragido e deve ser o último a ser julgado. Ele é apontado como o atirador.

Já foram julgados Cláudio Peralta Bernal, condenado a 18 anos e 1 mês, em regime fechado; Julio César de Souza Rocha, também a 18 anos e 1 mês em regime fechado; Edson dos Santos Bonfim, a 14 anos, 11 meses e 15 dias, em regime fechado; e Lucas Silva Pimentel, a 12 anos, 10 meses e 15 dias, em regime fechado.

Relembre o caso

Na época, o atentado foi atribuído em alusão às comemorações do ‘aniversário’ do PCC, que acontece em 1º de setembro. O fato ainda ocorreu menos de um mês após a rebelião no Presídio de Segurança Máxima daquele município. Naquela última quarta-feira de agosto, o agente seguia de motocicleta logo após deixar o filho na creche quando sofreu uma emboscada.

Quatro homens em outras duas motos passaram por ele atirando e dispararam cinco vezes, atingindo-o quatro vezes. A ação foi filmada por uma câmera de segurança e durou menos de 10 segundos. O policial penal foi socorrido e levado ao hospital de Dourados com ferimentos no abdômen, pernas e coluna.

Ele estava consciente, e o estado de saúde era delicado. Permaneceu internado por algum tempo e, três meses depois, fazia tratamento em Brasília (DF) por conta das sequelas. Por conta dos ferimentos, o agente ficou paraplégico.

Ato premeditado pelo PCC

As primeiras investigações indicaram que o crime teria relação com a rebelião no Presídio de Segurança Máxima de Naviraí, onde o agente trabalhava desde 2011. Áudios interceptados na época apontavam que os membros da facção combinavam o crime de diferentes cidades do interior de Mato Grosso do Sul e até de outros estados.

Ao todo, 18 envolvidos no crime foram identificados, e ações entre a Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal ocorreram ao longo dos meses para efetuar as prisões. Dois anos após o atentado, em 30 de agosto de 2018, o juiz determinou que os réus passassem por tribunal do júri.

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