‘Perdi uma parte de mim’: Família de motociclista morta em acidente com BMW pede justiça

Testemunhas contaram para a família que motorista da BMW teria avançado sinal fechado

Victória Bissaco, Karina Campos – 26/08/2024 – 09:50

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Letícia Machado seguia para trabalho quando foi morta – (Foto: Fala Povo, Reprodução)

“Perdi uma parte de mim, mas tenho certeza que já está aí em cima descansando”. Esse trecho de uma postagem do marido da motociclista Letícia Machado Gonçalves, de 19 anos, ilustra a dor da família. A jovem morreu no final da tarde deste domingo (25) após ser atingida por uma BMW, conduzida por um homem de 26 anos, na região central de Campo Grande.

O esposo de Letícia também declarou que a jovem era uma “esposa fantástica, mulher forte e maravilhosa”. Em outra publicação, tem a esperança de que a justiça seja feita. Ele não foi o único que expressou extrema tristeza pela morte precoce da jovem.

Uma amiga de Letícia diz ter gratidão pelos momentos vividos ao lado da jovem. “Não consigo descrever o que estou sentindo. Só apenas agradecer por tudo, por todos os momentos incríveis que a gente viveu, por você ter sido essa melhor amiga maravilhosa e parceira, e por me apoiar em todos os momentos, sempre do meu lado” Letícia você foi muito importante na minha vida, e eu sou grata por tudo”, escreveu.

A jovem cursava Direito em uma faculdade particular e seguia para um trabalho de freelancer quando foi morta, segundo relatou um familiar da vítima. A motociclista será sepultada na manhã desta terça-feira (27) e velada ainda nesta segunda-feira (26).

O acidente

Letícia conduzia a motocicleta pela Rua 14 de Julho quando, no cruzamento com a Rua Marechal Rondon, foi atingida na traseira pela BMW. Com o impacto, a moça foi lançada contra um poste e morreu ainda no local.

Conforme a advogada de defesa da família, Vitória Junqueira, testemunhas informaram aos familiares que o motorista da BMW teria furado sinal vermelho. Com a infração, atingiu a motociclista, que morreu na hora.

Biz usada pela jovem (Fala Povo, Jornal Midiamax)

O motorista do carro se recusou a fazer o teste do bafômetro. Ele foi encaminhado para a delegacia. Em nota enviada ao Jornal Midiamax, a defesa do motorista alega que ele se recusou a fazer o teste por orientação da assessoria jurídica e que consta no boletim de ocorrência que o condutor não tinha sinais de embriaguez.

A defesa da família da motociclista explica que o motorista da BMW não ficou preso. “O condutor […] não ficou preso. Foi levado à delegacia, prestou esclarecimentos e foi liberado”, explicou. Segundo Vitória Junqueira, os advogados da família pedirão a prisão. “Pois acreditamos que tenha sido um homicídio doloso. Com intenção de matar”.

A reportagem entrou em contato com a defesa do motorista da BMW para esclarecimentos, contudo, até a publicação desta matéria, apenas recebeu a resposta de que a informação de que o condutor ‘furou’ o sinal fechado “não procede”.

*Atualizada às 10h13 para acréscimo de informações

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