Organização que fraudava esquema de venda de bebidas e lucrou mais de R$ 21 milhões é alvo de operação em MS

Operação Última Dose cumpriu três mandados em MS

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(Divulgação PC)

Uma organização criminosa que fraudava um esquema de venda de bebidas alcoólicas é alvo da operação ‘Última Dose’ deflagrada pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) e Sefaz (Secretaria de Fazenda do Estado), nesta terça-feira (22). Foram três mandados cumpridos no Estado.

A organização criminosa é envolvida em um esquema de fraude fiscal estruturada no setor de bebidas alcoólicas destiladas. De acordo com informações da Polícia Civil, a organização lucrou mais de R$ 21 milhões.

Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, sendo três em Mato Grosso do Sul, na cidade de Paranaíba, um em Goiás, na cidade de Itajá, e outro em São Paulo, em São José do Rio Preto. 

As investigações foram iniciadas a partir de dados levantados pela Sefaz de Mato Grosso do Sul, que revelaram que uma empresa estava adquirindo mercadorias de “empresas noteiras”, responsáveis pela emissão de notas fiscais fraudulentas. 

A empresa movimentou cerca de R$ 21 milhões em mercadorias em 18 meses, apesar de seu capital social ser de apenas R$ 50 mil, o que levantou suspeitas quanto à legalidade de suas operações.  

A operação também identificou fortes ligações entre a empresa investigada e uma outra entidade previamente envolvida em fraudes fiscais, sugerindo uma continuidade das operações fraudulentas. Além disso, durante as apurações, os policiais civis do Dracco detectaram movimentações financeiras atípicas, que indicam a possível prática de lavagem de dinheiro.

As investigações continuam em andamento, com o apoio da Sefaz e de unidades da Polícia Civil de Minas Gerais e São Paulo, além da Delegacia Regional de Paranaíba, visando o completo desmantelamento da fraude estruturada.

A Operação ‘Última Dose’ busca elucidar a rede criminosa envolvida no esquema, com foco na recuperação dos valores desviados e na responsabilização dos envolvidos, que poderão responder por crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e organização criminosa, sem prejuízo de outros.