Omertà: Policial Civil preso em operação tem afastamento revogado e volta às funções em Campo Grande 

MPMS havia pedido pela perda do cargo

Thatiana Melo – 30/08/2024 – 10:58

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Equipe do Garras em fase da Operação Omertà – (Arquivo, Midiamax)

O Policial Civil, Frederico Maldonado Arruda, preso na primeira fase da Operação Omertà, em Campo Grande, teve seu afastamento revogado. O policial se tornou réu em 2020, por integrar milícia armada no Estado. O MPMS (Ministério Público Estadual) havia pedido pela perda do cargo.

Nesta sexta-feira (30), foi publicada em Diário Oficial a revogação do afastamento compulsório de Frederico Maldonado, após a determinação da retirada do monitoramento por tornozeleira eletrônica, em decisão deferida pela 1ª Vara Criminal da comarca de Campo Grande. 

“Revogar o afastamento compulsório do policial civil FREDERICO MALDONADO ARRUDA, ocupante do cargo de Investigador de Polícia Judiciária, pertencente ao quadro efetivo da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública/MS, lotado atualmente na POLINTER, determinado conforme Portaria ‘P’ CGPC/MS/Nº 031, de 1º de outubro de 2019, publicada no DOE nº 9.999, de 02 de outubro de 2019, com efeitos a contar da data da publicação, informando ao RH/SEJUSP/MS, DPE/DGPC/MS, DGP/DGPC/ MS, DRAP/DGPC/MS e SSETEL/DGPC/MS, para os fins pertinentes”. 

A decisão é assinada pelo Corregedor-geral da Polícia Civil, Clever José Fante. 

Em 2020, o Ministério Público pediu pela perda do cargo do policial Frederico Maldonado como também do Policial Federal Everaldo Monteiro. O PF teve a pena reformada pelo Tribunal de Justiça que acabou o condenando em primeiro grau. Em 2021, o PF foi condenado na primeira fase da Omertà, por ser flagrado com munições estrangeiras ilegais.

Réus na Omertà

No dia 17 de julho de 2020, o juiz Roberto Ferreira Filho recebeu a denúncia que trata da terceira fase da Operação Omertà. Assim, 21 se tornaram réus pelos crimes de organização criminosa, tráfico de armas, entre outros.

Em relação ao crime de organização criminosa, do qual integrariam o núcleo 1 conforme a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), 7 se tornaram réus. São eles Fahd Jamil e o filho Flávio Correia, que continua foragido, além de Everaldo Monteiro de Assis, Frederico Maldonado Arruda, Marco Monteoliva, Melciades Aldana e Thyago Machado Abdul Ahad.

Já sobre o crime de tráfico de arma de fogo, foram enquadrados novamente Fahd e Flávio, Marco, Frederico, além de Jamil Name, Jamil Name Filho e Vladenison Daniel Olmedo. Enquanto isso, por violação do sigilo funcional, se tornaram réus Everaldo e Flávio Correia e também Marcelo Rios, que teria atuado com Rogério Luis Phelippe, denunciado na Justiça Militar.

Enquanto isso, quanto ao núcleo 2 denunciado por organização criminosa, se tornaram réus Benevides Cândido Pereira, Cynthia Name Belli, Jerson Domingos, Lucas Silva Costa, Lucimar Calixto Ribeiro, Rodrigo Betzkowski de Paula Leite, Davison Ferreira de Farias Campos e Paulo Henrique Malaquias de Souza.

Pelo crime de corrupção ativa, respondem Cynthia Name, Benevides Cândido Pereira e Lucimar Calixto Ribeiro, estando ligados a eles e se beneficiando pelo crime 11 agentes públicos listados pelo juiz.

Quanto ao comércio das armas de fogo, se tornaram réus Euzébio de Jesus Araújo, Lucas Silva Costa, Davison Ferreira de Farias e Paulo Henrique Malaquias de Souza.