Omertà: Foragido, traficante ‘Ostentação’ que delatou plano para matar delegado é preso novamente

Foragido, Kauê Vitor dos Santos Silva, traficante ‘Ostentação’ que delatou plano para matar delegado, foi preso novamente, desta vez em Campo Grande. Fugido do sistema semiaberto de Dourados, ele foi preso no bairro Cohab, em Campo Grande, no último dia 7. Ele estava foragido desde junho deste ano.

Conforme apuração do Jornal Midiamax, ele estava no Rio de Janeiro e retornou para Campo Grande, onde foi preso. Kauê já havia sido preso no RJ em 2022.

Antes, Kauê foi preso em 2017 durante operação que o aponta como delator de plano para matar delegado. Ele foi condenado neste ano pela Justiça. Kauê teria feito um ‘diário’ com as informações trocadas entre os réus investigados da Omertà.

Suposto pivô na Omertà

A segunda fase da Omertà, deflagrada em 17 de março, ocorreu após serem revelados planos de morte contra delegado de Campo Grande, promotor de Justiça e um defensor público. Os planos, que teriam sido orquestrados por Jamil Name e Jamil Name Filho, conforme apurou a investigação, estavam escritos em um papel higiênico.

Há indícios de que o papel foi encontrado com Kauê, que estaria em uma cela entre os Name. O diretor do Presídio Federal de Mossoró comunicou o Depen (Departamento Penitenciário Nacional), que acionou o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro).

O bilhete é parte da investigação da Omertà sobre a possível tentativa de atentado contra as autoridades.

Operação Ostentação

A quadrilha alvo da operação era especializada em roubos de carros e tráfico de drogas em MS. A Polícia Civil recuperou, durante a operação, cinco veículos roubados: três motos, um caminhão e um carro utilitário. Outros 24 veículos foram apreendidos porque foram comprados, segundo a polícia, com o dinheiro do crime.

Kauê Vitor tinha um Camaro quando foi preso em 2022. A maior parte dos integrantes da quadrilha presos tinha passagens pela polícia. Na época, foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão. Na transferência para Mossoró, em 2018, já tinha sido feito pedido de retorno do réu para Campo Grande.