Na tarde dessa quarta-feira (6), o muro lateral do Estabelecimento Penal Masculino de Ponta Porã ‘Ricardo Brandão’ desabou. A situação poderia ter sido evitada, caso os avisos dos servidores fossem levados em conta.
A informação é do Sinsap/MS (Sindicato dos Agentes Penitenciários de Mato Grosso do Sul), que disse ter documentado os pedidos de reforma desde 2023, diante da urgência dos pedidos e também pelo fato do presídio ficar na fronteira com Pedro Juan Caballero, no Paraguai.
Segundo o sindicato, durante as inspeções foram indicadas as preocupações sobre a situação da estrutura, que corria risco de desabamento. No entendimento do presidente do Sinsap/MS, “foi uma tragédia anunciada”.
“Levamos essa situação para a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) na tarde de terça-feira e fomos informados que a Agepen tem recursos para reformas, mas o muro caiu hoje”, disse André Santiago, presidente do Sinsap/MS.
O presidente da entidade criticou o descaso com a situação. “É uma irresponsabilidade perante uma situação gravíssima, numa região de fronteira. Não tem onde colocar 474 presos e precisa de um plano de reforço de segurança urgente”, explica Santiago.
Procurada para dar informações sobre o problema, a Agepen-MS (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) disse que já providenciou o reforço da segurança do local.
Para isso, contará com o apoio da Polícia Militar e policiais penais do Cope (Comando de Operações Penitenciárias). Além disso, a agência disse que também está prevista a construção de um novo presídio em Ponta Porã.
