Mulher que morreu em UPA durante atendimento era assistente social e deixa duas filhas
Nas redes sociais, familiares e amigos lamentam morte
Aline Machado –
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Marcelly Marcia Franca Almeida, de 33 anos, que morreu nessa terça-feira (23), durante atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino, na região norte de Campo Grande, era assistente social e trabalhava em uma organização não governamental que atende crianças com paralisia cerebral. Ela era casada e mãe de duas meninas, de 15 e 12 anos. Familiares disseram que a vítima esperou por aproximadamente duas horas antes de ser atendida e alegaram negligência no atendimento.
Nas redes sociais, familiares e amigos lamentaram a morte de Marcelly. “Sem explicação. Sem entender. Ainda sem acreditar. Logo você que tínhamos tantas coisas para fazer. Logo você que tinha uma vida inteira. Sua honestidade, só eu sei quanto você lutou, só eu sei o quanto você sofreu. Não tenho palavra de verdade para expressar o quanto você era importante. Você foi a primeira que soube sobre tudo na minha vida. Era minha confidente. Minha melhor versão. Obrigado por tudo nessa vida. Vou te amar para sempre minha cunhada, minha irmã, minha melhor pessoa. Descanse em paz”, disse o cunhado de Marcelly.
A organização na qual Marcelly trabalhava também publicou uma homenagem e informou estar de luto pela morte da funcionária e que não irá funcionar na próxima quinta-feira (25). “Estamos de luto e precisamos de tempo para processarmos essa notícia triste”, diz parte da publicação.
Familiares de pacientes atendidos por Marcelly também lamentaram a morte da assistente social. “Que triste. Ela me ajudou com seu atendimento por mais de anos. É muito triste essa perda para todos os pacientes”, publicou.
Amigos, que preferiram não se identificar, disseram à equipe de reportagem do Jornal Midiamax, que Marcelly começou a passar mal na segunda-feira (22) e havia suspeita de dengue hemorrágica, o que não foi oficialmente confirmado. Exames ainda são realizados para atestar a causa da morte.
Família reclama de demora no atendimento
Um familiar disse que Marcelly chegou a procurar atendimento por três vezes e que nessa terça-feira chegou à UPA por volta das 13 horas com queixas de vômito, diarreia e dores no peito.
O relatório médico, conforme consta no registro policial, afirma que o quadro de Marcelly evoluiu para parada cardiorrespiratória e que foram realizados nove choques, mas ela não resistiu. A morte foi confirmada às 16h45.
Posicionamento Sesau
A equipe de reportagem do Jornal Midiamax procurou a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) para saber detalhes sobre o estado de saúde da paciente, confira nota na íntegra:
“A Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) esclarece que a paciente deu entrada na UPA Coronel Antonino no início da tarde de hoje, passou por classificação e recebeu a cor amarela, sendo encaminhada diretamente para atendimento médico.
Ela permaneceu em observação sendo medicada e monitorado os sinais vitais no setor de estabilização da unidade, e que devido ao rápido agravamento do quadro clínico precisou ser encaminhada para a sala de emergência.
Na sala de emergência, devido a piora do estado clínico, a paciente evoluiu com uma parada cardíaca sendo intermediada pela equipe de emergência porém sem sucesso. A SESAU também informa que todo os procedimentos aconteceram dentro do tempo protocolar conforme a classificação de risco, e que lamenta o falecimento da paciente e aguarda o resultados de exames para a elucidação diagnostica.“
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