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Polícia

‘Muito cedo para falar em tese’, diz advogado da família de jovem morta em acidente com BMW 

Com gritos de Justiça, Letícia Machado foi sepultada em Campo Grande
Thatiana Melo, Victória Bissaco -
Letícia Machado seguia para trabalho quando foi morta – (Foto: Fala Povo, Reprodução)

Ainda consternados com a perda brutal e precoce de Letícia Machado Gonçalves, de 19 anos, em um acidente na Rua 14 de Julho ao ser atingida por uma BMW, durante o final da tarde de domingo (25), em , que a família espera por Justiça. O motorista da BMW disse não ter visto a motocicleta pilotada por Letícia.

O advogado da família, que também era primo de Letícia, disse ao Jornal Midiamax que ainda é cedo para falar em tese e que não tiveram acesso às câmeras de segurança que podem ter flagrado o acidente. “Estamos fazendo nossas próprias buscas. Vamos esperar para ter acesso às provas”, disse Francisco Albino. 

“A vida da minha prima vale menos que o crime de furto de celular? Que resposta estamos dando à sociedade?”, falou indignado. Francisco explicou que o crime de furto qualificado tem pena de 1 a 8 anos. Já o crime cometido contra sua prima tem pena de 2 a 4 anos. 

“A vida da minha prima vale menos que o celular que carrega no bolso”, relatou. Ele ainda fez um apelo para quem tiver informações sobre o acidente entrar em contato com a família. A família ainda pretende fazer uma manifestação. 

A mãe de Letícia, Ana Lucia Oliveira Machado, disse que ficou um grande vazio com a perda da filha. “Só vejo o sorriso dela”, falou ao Midiamax. Ana Lúcia ainda descreveu a filha como uma mulher batalhadora. “Mesmo aos fins de semana, ela fazia freelance”, disse. 

Ana Lúcia revelou que a família queria que Letícia tirasse a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) de carro para que parasse de pilotar motocicleta. O pai da jovem havia acabado de chegar em – cidade onde mora – quando recebeu o telefonema do genro falando sobre o acidente.

“Perdi minha filha, a única que tive”, disse Erinaldo Alves Gonçalves. Ele passou de sexta-feira até a manhã de domingo (25), com a filha, quando depois das 10 horas da manhã seguiu viagem para Paranhos. Ao receber a trágica notícia voltou na mesma hora para Campo Grande.

Casado há 2 anos com Letícia, o marido Carlos Yuri Neri da Costa afirmou que espera por Justiça. “Para que não aconteça com mais ninguém”, disse ao Midiamax. Ele descreveu a esposa como uma pessoa maravilhosa e batalhadora.

“Saiu para trabalhar e só voltou as coisinhas dela para nós”, disse Yuri falando sobre a aliança, carteira, bolsa que foram devolvidos depois do acidente. 

‘Não vi a motocicleta’

O motorista da BMW que se envolveu em acidente que acabou na morte de Letícia Machado Gonçalves, de 19 anos, no domingo (25), disse em depoimento que respeitou a sinalização de trânsito. Ele foi ouvido e liberado na delegacia. 

Sobre a dinâmica do acidente, o motorista declarou que trafegava na via quando, no cruzamento da Rua 14 de Julho próximo à Rua Marechal Rondon, ocorreu a colisão transversal. O motorista disse que respeitou a sinalização do semáforo e que somente percebeu a motocicleta na colisão.

Ele afirmou que esperava o semáforo abrir e foi surpreendido pela motocicleta. Ele foi ouvido e liberado. Uma testemunhas disse ter visto o acidente, mas quando a Polícia Civil chegou ao local, a testemunha já tinha ido embora. 

O acidente

Letícia conduzia a motocicleta pela Rua 14 de Julho quando, no cruzamento com a Rua Marechal Rondon, foi atingida na traseira pela BMW. Com o impacto, a moça foi lançada contra um poste e morreu ainda no local.

Conforme a advogada de defesa da família, Vitória Junqueira, testemunhas informaram aos familiares que o motorista da BMW teria furado sinal vermelho. Com a infração, atingiu a motociclista, que morreu na hora.

O motorista do carro se recusou a fazer o teste do bafômetro. Ele foi encaminhado para a delegacia. Em nota enviada ao Jornal Midiamax, a defesa do motorista alega que ele se recusou a fazer o teste por orientação da assessoria jurídica e que consta no boletim de ocorrência que o condutor não tinha sinais de embriaguez.

A defesa da família da motociclista explica que o motorista da BMW não ficou preso. “O condutor […] não ficou preso. Foi levado à delegacia, prestou esclarecimentos e foi liberado”, explicou. Segundo Vitória Junqueira, os advogados da família pedirão a prisão. “Pois acreditamos que tenha sido um homicídio doloso. Com intenção de matar”.

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