MPMS pede prisão de ex-PM e braço direito de Rafaat após rompimento de tornozeleira e fuga

Belo teve autorização para deixar presídio para cirurgia no dia 9 de setembro

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O MPMS (Ministério Público Estadual) pediu pela prisão do ex-policial militar Adair José Belo, apontado como braço direito do narcotraficante Jorge Rafaat e sócio de Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, o “Minotauro”, que fugiu após sair do presídio para tratamento médico. Ele usava tornozeleira eletrônica.

A fuga de Belo aconteceu depois do dia 1º de novembro após Adair passar por cirurgia no dia 11 de setembro quando ficou em prisão domiciliar para recuperação. 

Mesmo com a fuga e pedido de prisão de Adair, a promotora Regina Broch incluiu no despacho pela remissão de pena. “Ante o exposto, o Ministério Público Estadual requer a concessão da remição de 38 dias na pena de ADAIR JOSÉ BELO, nos termos do artigo 126 da LEP, com o lançamento dos respectivos incidentes junto ao SEEU para atualização do cálculo de liquidação de pena do sentenciado”, traz parte do documento.

Belo foi condenado a 12 anos de prisão. Ele conseguiu liberação no dia 9 de setembro deste ano, depois de despacho do juiz Albino Coimbra Neto, da 2ª Vara de Execução Penal de Campo Grande. O magistrado autorizou a saída do presídio para a realização de cirurgia em um hospital particular. 

Tratamento e fuga

Foi autorizado pela Justiça 90 dias de tratamento, sendo que o ex-PM teria de usar tornozeleira eletrônica enquanto estivesse em prisão domiciliar. Mas, no dia 1º de novembro deste ano, ele rompeu a tornozeleira e desapareceu, conforme ofício do diretor da UMVE, Maycon Roslen de Melo, encaminhado à Justiça no dia 5 do mês passado.

“Informamos que foram feitas diversas tentativas de contato com o monitorado pelo número informado a esta UMMVE sem sucesso. Oportuno mencionar também que foi realizada fiscalização pelo GRUPAMENTO DE AÇÕES E FISCALIZAÇÃO PENITENCIÁRIA – GAFIP, sendo que o equipamento eletrônico não foi recuperado”, informou.

Braço direito de Rafaat

Jorge Rafaat Toumani, foi executado em junho de 2016 com tiros de metralhadora antiaérea, quando tentava expulsar o PCC (Primeiro Comando da Capital) na Fronteira do Brasil com o Paraguai, para voltar a controlar o tráfico de armas e drogas.

Adair é apontado por ter atirado na nuca do próprio tio, no dia 23 de dezembro de 2017, antevéspera de Natal, em uma fazenda na região de Cerejeiras, em Rondônia. A tentativa de homicídio ocorreu durante uma confraternização na fazenda. Diversas pessoas estariam presentes fazendo uso de bebidas alcoólicas.

Porém, de acordo com divulgado pela imprensa da região na época, durante um desentendimento entre Adair e seu tio, o ex-PM se apossou de uma arma e disparou contra a nuca do parente. Logo após o tiro, o filho da vítima entrou em luta corporal com o suspeito.

Testemunhas socorreram a vítima até ao Hospital São Lucas na cidade de Cerejeiras. Após receber atendimento médico, a vítima em estado grave foi encaminhada para o HRC (Hospital Regional de Cacoal).

Buscas foram realizadas na fazenda e um revólver 357, uma pistola 9 mm adaptada para disparar sem interrupção e diversas munições calibres 22 e 12, foram encontradas. Adair não foi preso, está sendo procurado pela polícia.

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