Motorista foge após deixar motociclista com pulmão e fígado perfurados e costela quebrada na Vila Nascente

O estudante de zootecnia Michael Martinez da Silva, de 33 anos, foi socorrido com perfuração no pulmão e diversas fraturas pelo corpo após acidente com um carro no cruzamento das Ruas Miguel Leterielo e Rua Kioto, região da Vila Nascente, em Campo Grande. O caso ocorreu na última quinta-feira (3) e o motorista do Ford Ka fugiu sem prestar socorro.

O acidente ocorreu por volta das 15h30. Os dois veículos seguiam pela Rua Miguel Leterielo quando o carro realizou uma conversão à esquerda e atingiu o motociclista, que seguiria à diante. Michael foi arremessado após a batida.

Imagens de câmera de segurança capturaram o acidente. Após a batida, o motorista do Ford Ka para por alguns segundos, depois segue em direção à Rua Kioto sem prestar socorro.

A advogada e esposa de Michael, Beatriz Carmona da Silva contou ao Jornal Midiamax que soube do acidente pelo primo de Michael. “Postaram uma foto dele caído em um grupo de WhatsApp e o borracheiro do lado da mecânica do primo dele reconheceu e o avisou”, conta.

A vítima segue internada na Santa Casa na manhã deste sábado (5), em observação. “No momento está estável, esperando possíveis cirurgias. O que sabemos é que, após observarem a evolução do pulmão e do fígado, ele vai para a cirurgia do punho”, explica. Ele não corre risco de morte.

Conforme relato da advogada, o estudante de zootecnia não se recorda com exatidão do acidente. “Não lembra muita coisa, só sentiu o impacto e mais nada. Ele lembra que ficava perguntando da nossa filha de 3 anos”.

Não prestar socorro é crime

A família busca pelo motorista do Ford Ka, para que ele seja responsabilizado por fugir do local do acidente sem prestar socorro. “E se ele estivesse em um lugar sem movimento nenhum? Esse é o perigo”, contou ao Midiamax.

O artigo 305 do CTB (Código de Trânsito Brasileiro) prevê como crime afastar-se o condutor do veículo do local, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída. A pena para esse crime é de detenção, de seis meses a um ano, ou multa.