Militar do Exército e ex-PM são condenados por fazer família refém durante roubo em Campo Grande

Família foi amarrada durante a ação

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Vectra apreendido – (Foto: Divulgação, GCM)

O militar do Exército, Felipe Kanashiro de Souza, e o ex-policial, Gilson Natalino dos Santos Nunes, foram condenados por manter uma família do bairro Cidade Morena refém em junho deste ano, em Campo Grande. A família chegou a ser amarrada com ‘enforca gato’. 

A condenação foi publicada no dia 9 deste mês. Na condenação, Felipe teve a pena fixada em seis anos e oito meses de prisão em regime semiaberto. Gilson também teve a mesma pena fixada.

O caso aconteceu em 1º de junho. No dia, foram presos o cabo do Exército, um estudante, de 32 anos, um torneiro de ferramentas, de 38 anos, e comerciante, de 61 anos, além do ex-policial.

Na época, a família relatou que os suspeitos chegaram à residência em três veículos: um Vectra preto, no qual estavam os quatro capturados; um Gol prata, no qual o ex-policial militar supostamente estava; e um terceiro carro branco, não identificado pela família, mas onde uma mulher estaria.

Ainda foi dito na época que havia suspeita de que os presos estariam ligados a uma quadrilha conhecida por praticar crimes da mesma natureza em Campo Grande.

Identificaram-se como policiais

Conforme informações repassadas ao Jornal Midiamax pela própria família, tudo começou por volta das 10h20, quando o filho adolescente, de 17 anos, saiu de casa. Ele foi abordado pelos quatro homens, que afirmaram ser policiais civis, inclusive, apresentando identificação, e que tinham um mandado de prisão para o pai do garoto. A todo momento, os bandidos apontavam uma arma para a cabeça do menino.

Depois, o grupo entrou em casa com o garoto e abordaram o pai, de 37 anos. Os homens reafirmaram sobre o mandado de prisão direcionado a ele, mas em nome de Raimundo, que não é o nome do pai.

Mesmo assim, os criminosos amarraram o pai e o adolescente com um enforca gato. A mãe também estava na residência, mas se recusou a deitar no chão e passou a gritar pela filha, de 10 anos, que estava nos fundos da casa. “Também tentei gritar para avisar os vizinhos, mas como moramos perto de um salão de festas, eles não estranharam o movimento incomum na casa”, explicou a mãe.

Com o pai e filho amarrados com enforca gato, os ladrões colocaram a família dentro de um quarto e passaram a revirar a casa. A família passou a questionar a intenção dos criminosos e diziam que, se quisessem levar os pertences, poderiam.

Um dos bandidos, que estava a todo momento em ligação telefônica, então, respondeu que estava “negociando” a soltura deles. Enquanto o assalto ocorria, um amigo do adolescente e um amigo do pai chegaram à residência. Eles também foram amarrados e levados para o “cativeiro”.

A ação durou cerca de 40 minutos. As vítimas só conseguiram se soltar quando notaram que os criminosos não estavam mais lá.

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