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Polícia

Mecânico que matou jovem nas Moreninhas abandona plenário, mas é condenado a 19 anos de prisão

Victor Hugo Lima Brandão disse que iria acompanhar todo o julgamento por videoconferência, mas abandonou o plenário ao fim de seu interrogatório
Lívia Bezerra -
'Filho do Brandão' presta depoimento por videoconferência - (Foto: Victória Bissaco)

O auxiliar mecânico Victor Hugor Lima Brandão abandonou o plenário do Fórum de , mas acabou condenado a 19 anos de prisão em regime fechado pelo de Jefferson Aparecido Gonçalves, na tarde desta sexta-feira (8).

Victor Hugo foi interrogado por videoconferência quatro anos após o assassinato de Jefferson, ocorrido em agosto de 2020, a 100 metros da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) das

Na manhã desta sexta (8), quando iniciou o interrogatório, o mecânico disse ao Juiz Presidente do Tribunal do Júri, Aluizio Pereira dos Santos, que iria acompanhar toda a sessão por videoconferência e continuaria no endereço informado à Justiça, mesmo se fosse condenado em regime fechado. 

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Contudo, após o interrogatório, o homem abandonou o plenário. Por isso, um mandado de prisão foi expedido em desfavor dele e o magistrado determinou que seja enviado um ofício à polícia para prender Victor Hugo.

Victor Hugo foi condenado a 19 anos, 4 meses e 5 dias de prisão em regime fechado pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima e porte ilegal de arma de fogo. 

Além da reclusão, o mecânico foi condenado ao pagamento de 47 dias-multa, à razão de 1/30 do valor do salário mínimo ao tempo dos crimes.

Por fim, o Conselho de Sentença condenou Victor Hugo ao pagamento de R$ 10 mil de indenização a um familiar da vítima. O valor deve ser corrigido monetariamente com juros de mora de 1% ao mês, contados da data do assassinato.

O julgamento

Conforme relato do réu, ele costumava tomar café cedo pela manhã com o avô. No dia do crime, foi até a casa do idoso, de carro, e encontrou um conhecido na rua. Ele afirma ter ‘brincado’ que iria atropelá-lo, depois, seguiu o trajeto.

Após a visita, trocou o carro Celta por uma motocicleta e seguiria para a oficina do primo, onde trabalha até os dias atuais. Contudo, passou novamente pelo conhecido, que fez sinal para que o auxiliar de mecânico fosse até ele.

Victor Hugo conta que, assim que foi falar com o colega, Jefferson ‘partiu para cima’ dele, atacando-o com um capacete e chutes. “Não sei por que, acho que ele achou que eu iria atropelar ele ou algo assim”.

Os dois entraram em luta corporal e o mecânico relata que pegou a arma para assustar a vítima. No entanto, Jefferson teria ‘agarrado’ a arma e foi nesse momento que Victor Hugo atirou. “Quando esse tiro saiu, eu queria que ele fosse para longe. Era só para ele escutar o barulho e correr. Eu não queria acertar esse menino, não queria matar ele”, afirma.

Arma e drogas

Questionado pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, a respeito da arma usada, o réu alegou ter comprado em 2019, após uma tentativa de roubo na oficina em que trabalha. “Se pudesse não ter comprado isso, Deus me livre”. Ainda, disse que costumava andar armado.

Ele se entregou à polícia em 14 de agosto de 2020, quatro dias após o crime, e apresentou a arma na delegacia.

Na época dos fatos, as investigações apontaram que o crime ocorreu motivado por uma briga pela venda de drogas, quando o autor, conhecido por filho do ‘Brandão’, começou a brigar com Jefferson, e entraram em luta. Quanto a isso, nega. “Eles são tudo usuário de droga, estavam tudo doido. Para eles tudo é droga. Não sei de onde saiu isso [comando das drogas] na cabeça dele”, alega.

Videoconferência

O réu prestou depoimento por videoconferência, mesmo residindo em Campo Grande. Isso porque, conforme relato dele, teria sido ameaçado na última terça-feira (5) pela irmã da vítima.

(Foto: Victória Bissaco)

Na ocasião, diz que estava em um fumando. A irmã da vítima teria pedido um cigarro, momento em que ele escutou a mulher perguntar “como vamos matar ele aqui? Vai dar problema para o Dun”. O homem foi para a casa da mãe. Ele disse que se apresentará caso seja condenado.

Crime

Informações são de que o crime aconteceu por volta das 5 horas do dia 13 de agosto de 2020, quando Jefferson foi ferido com um tiro na cabeça a 80 metros da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro. Ele chegou a ser socorrido e levado para a unidade de saúde. Mas, acabou não resistindo e morrendo.

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