Mãe e filha procuradas por golpes do ‘boa noite, Cinderela’ são presas em ‘laboratório’ em Campo Grande

Dupla foi encontrada com medicamentos e drogas usados nos golpes

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
balança
Balança e droga foram apreendidas na casa (Divulgação, Derf)

Mãe e filha, procuradas e réus por integrar uma quadrilha especializada no golpe do “boa noite, Cinderela”, foram presas pela DERF (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos). A Polícia Civil divulgou a prisão neste domingo (11).

As mulheres foram encontradas na última quinta-feira (8), em uma casa alugada no Bairro Jardim Monumento em Campo Grande, onde estavam escondidas desde 27 de julho. No local havia dois quilos de cocaína pura, medicamentos indutores de sono e maquinários e instrumentos destinados à preparação e transformação de drogas.

A polícia descreve que a casa servia como um “laboratório” para armazenamento, manipulação e transformação de cocaína. Elas foram flagradas pelas equipes armazenando um tablete e quatro porções pesando 2, 464 kg de cocaína pura, três outras porções totalizando um 1,702 kg de amido de milho utilizado para transformação de cocaína em quantidades maiores para distribuição.

Também foi apreendido uma prensa para moldar tabletes de cocaína, diversas formas de moldagem com alto relevo da imagem de um golfinho, duas balanças de precisão, peneira e bobinas adesivas.

“Diante dos fatos, além do cumprimento dos mandos de prisão preventiva referentes às investigações pelo crime do ”Boa noite, Cinderela”, as suspeitas receberam voz de prisão pelos crimes de tráfico de drogas, na modalidade armazenar, e do crime de guardar maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à preparação, produção ou transformação de drogas”, diz o comunicado da polícia.

Quadrilha de golpistas

Ainda conforme a DERF, mãe e filha já foram denunciadas pelo Ministério Público Estadual e são rés por integrarem associação criminosa que assediava vítimas e as dopavam com bebidas batizadas, para, em seguida, serem roubadas.

Com as vítimas incapacitadas e sem vontade própria, as mulheres obtinham as senhas de suas contas bancárias e realizavam transferências dos aplicativos instalados nos aparelhos celulares, bem como realizam compras. Além disso, alguns dos homens foram atraídos para suas casas, de onde também foram subtraídos diversos bens como ares-condicionados, televisões, roupas e joias.

Até o momento, foram confirmadas três vítimas, sendo que uma delas teve prejuízo estimado em R$ 25 mil. Após a identificação dos integrantes da associação criminosa, a DERF representou ao Poder Judiciário pela decretação das prisões preventivas, o que foi deferido integralmente pelo Juiz da 5ª Vara Criminal da Capital.

Dois homens já foram presos por roubo majorado, receptação e outros, um deles é namorado da presa na quinta-feira.