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Polícia

Justiça nega liberdade a ladrões que se passaram por policiais civis para roubar família em Campo Grande

Suspeita é de que mais pessoas, entre elas um ex-policial militar, tenham participado do roubo
Victória Bissaco -
Vectra apreendido - (Foto: Divulgação, GCM)

A Justiça converteu em preventiva a prisão dos quatro suspeitos de se passarem por policiais civis para renderem e roubarem família, na região do bairro Cidade Morena, em , no último sábado (1º). O quarteto passou por audiência de custódia na manhã desta segunda-feira (3) e estava preso desde o dia do , ocasião na qual foram capturados minutos após o crime.

A autoridade policial optou por não conceder fiança aos presos, uma vez que identificou a prisão como garantia de ordem pública. Os suspeitos respondem por roubo majorado pelo concurso de pessoas, uso de arma de fogo e restrição da liberdade das vítimas.

Os quatro mandados de prisão já foram expedidos e devidamente cumpridos. Foram presos um cabo do Exército Militar, de 21 anos, um estudante, de 32 anos, um torneiro de ferramentas, de 38 anos, e comerciante, de 61 anos. Também há suspeita da participação de um ex-policial militar na ação, contudo, ele não foi localizado.

Além dos quatro que foram presos em flagrante, a família rendida – composta pelo pai, de 37 anos, mãe, de 35 anos, filho, de 17 anos, e filha, de 10 anos – acredita no envolvimento de pelo menos mais duas pessoas. Isso porque, conforme relataram ao Jornal Midiamax, os suspeitos chegaram à residência em três veículos: um Vectra preto, no qual estavam os quatro capturados, um Gol prata, no qual o ex-policial militar supostamente estava, e um terceiro carro branco, não identificado pela família, mas onde uma mulher estaria.

Conforme informações da GCM (Guarda Civil Metropolitana), há suspeita de que esses presos possam estar ligados a uma conhecida por praticar crimes da mesma natureza em Campo Grande.

Identificaram-se como policiais

Conforme informações repassadas ao Jornal Midiamax pela própria família, tudo começou por volta das 10h20, quando o filho adolescente, de 17 anos, saiu de casa. Ele foi abordado pelos quatro homens, que afirmaram ser policiais civis, inclusive, apresentando identificação, e que tinham um mandado de prisão para o pai do garoto. A todo momento, os bandidos apontavam uma arma para a cabeça do menino.

Depois, o grupo entrou em casa com o garoto e abordaram o pai, de 37 anos. Os homens reafirmaram sobre o mandado de prisão direcionado a ele, mas em nome de Raimundo, que não é o nome do pai.

Mesmo assim, os criminosos amarraram o pai e o adolescente com um enforca gato. A mãe também estava na residência, mas se recusou a deitar no chão e passou a gritar pela filha, de 10 anos, que estava nos fundos da casa. “Também tentei gritar para avisar os vizinhos, mas como moramos perto de um salão de festas, eles não estranharam o movimento incomum na casa”, explicou a mãe.

Com o pai e filho amarrados com enforca gato, os ladrões colocaram a família dentro de um quarto e passaram a revirar a casa. A família passou a questionar a intenção dos criminosos e diziam que, se quisessem levar os pertences, poderiam.

Adolescente exibe marcas do enforca gato – (Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)
Um dos bandidos, que estava a todo momento em ligação telefônica, então, respondeu que estava “negociando” a soltura deles. Enquanto o ocorria, um amigo do adolescente e um amigo do pai chegaram à residência. Eles também foram feitos de amarrados e levados para o “cativeiro”.

A ação durou cerca de 40 minutos. As vítimas só conseguiram se soltar quando notaram que os criminosos não estavam mais lá.

Perseguição

Os criminosos chegaram em três veículos, sendo um Volkswagen Gol prata, um Chevrolet Vectra preto e um carro branco que não foi identificado. Após o fim da ação, o pai, o amigo dele e o amigo do filho entraram no carro da família e passaram a perseguir o Gol, enquanto o filho pegou a motocicleta e foi atrás do Vectra.

O menino se deparou com uma viatura da GCM (Guarda Civil Metropolitana) e informou sobre o ocorrido. Pouco tempo depois, os guardas conseguiram localizar o Vectra branco e render quatro suspeitos, que foram presos e levados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol.

Com os quatro suspeitos foram encontrados dois simulacros de pistola, um revólver .38 milímetros, nove enforca gatos, relógios, controles de portão, chaves de carro e 11 celulares.

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