Justiça solta piloto de avião apontado como negociador de armas em Campo Grande

O autuado passou por audiência de custódia nesta quarta-feira (11)

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Imagem Ilustrativa. (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

O suposto piloto de avião, de 31 anos, preso na madrugada dessa terça-feira (10), após ser apontado como negociador de armas, passou por audiência de custódia nesta quarta-feira (11) e foi solto após o pagamento de fiança.

Conforme o boletim de ocorrência, o piloto de aviação civil presta serviços de voo para uma fazenda na Nhecolândia, região do Pantanal, e, nessas viagens, costuma transportar armas para serem negociadas.

Na terça-feira, ele foi preso em sua residência, após dois comparsas serem detidos no Posto Figueira com um revólver calibre .38, que seria vendido a mando do piloto.

Durante a audiência de custódia, o piloto teve sua liberdade provisória concedida, mediante o pagamento de fiança no valor de R$ 14.120 mil. Além disso, o autuado não poderá se mudar ou ausentar-se de sua residência por mais de oito dias e deverá comparecer em Juízo mensalmente.

Caso

Dois homens foram presos na madrugada dessa terça-feira (10), em Campo Grande, depois que a polícia flagrou a negociação de uma arma no bairro Coronel Antonino. Um dos presos seria um piloto de avião.

Após a meia-noite, os policiais foram chamados por populares que disseram ter visto um indivíduo com um comparsa em um veículo Polo, de cor preta, estacionado no pátio do Posto Figueira, e que temiam se tratar de assaltantes.

Quando os policiais abordaram a dupla, encontraram com eles um revólver calibre .38, marca ROSSI, com numeração suprimida e sem munição. Um dos homens disse que estava apenas acompanhando o outro, que havia contado que iria realizar a venda da arma e não queria ir sozinho.

O vendedor da arma relatou aos policiais que estava apenas tentando vender o armamento, fornecido por outra pessoa. Ele também afirmou que o suspeito seria piloto de avião em fazendas da Nhecolândia. Conforme o relato do comparsa, o piloto contou que já havia sido preso por porte ilegal de arma.

Ainda segundo a polícia, o suposto piloto afirmou que sempre trazia armas em suas viagens para serem negociadas em Campo Grande. Os policiais foram até a casa do piloto, que acabou preso juntamente com o comparsa.

O que diz a defesa

Conforme os advogados de defesa do piloto, ele estava dormindo em casa quando foi surpreendido com uma ligação. A pessoa que telefonou pediu para que ele fosse até a frente da casa, quando encontrou os policiais militares.

Também segundo os advogados, os militares algemaram o suspeito, fizeram questionamentos e entraram no imóvel, onde fizeram a busca. “O autuado ouviu até que seria ouvido apenas como testemunha, mas
foi denunciado e será ouvido em audiência de custódia, onde a defesa buscará fazer justiça”, diz nota da defesa.

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