Justiça nega liberdade a funcionário público, gerente do PCC, em esquema que movimentou R$ 1 milhão
‘Perigo de fuga’, disse decisão que negou pedido de liberdade
Thatiana Melo –
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A Justiça negou o pedido de liberdade do funcionário público preso na deflagração da Operação Last Chat, feita pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), no dia 24 de abril deste ano. Uma empresa de alimentos foi criada para movimentar dinheiro do tráfico.
A defesa alegou que o funcionário público tem emprego fixo, não causando problemas no decorrer das investigações. O autor já está encarcerado há seis meses. Foi feito pedido de medidas cautelares, com monitoramento com tornozeleira eletrônica.
Mas, a Justiça negou afirmando que o funcionário público foi apontado como gerente de uma organização criminosa e que a liberdade poderia acabar em fuga, já que o Estado faz fronteira com dois países. A decisão de negar o pedido foi publicada nesta quarta-feira (13).
Gerente de organização criminosa
Na denúncia do Gaeco, o servidor – que é um agente comunitário de saúde – era um dos gerentes da organização criminosa responsável pelas operações financeiras da organização. O servidor é irmão do líder da organização criminosa, Rafael, e tinha também como incumbência a gerência dos caminhões basculantes para o transporte da droga.
O agente de saúde também era o responsável pela administração da empresa de construção, transporte e logística que foi criada especialmente para a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Na empresa eram guardados os caminhões e outros veículos que a organização criminosa usava.
A denúncia ainda trouxe que os crimes praticados pela organização criminosa usavam a pessoa jurídica da empresa criada. A organização ainda teria estabelecido depósitos não superiores a R$ 2 mil. Um dos integrantes, conhecido como ‘contador’, elaborou documentos contábeis para dar aparência de legitimidade às transações feitas pela organização.
O Gaeco ainda diz que entre 26/05/2020 a 17/03/2023, a organização recebeu mais 1 mil 116 depósitos em dinheiro que resultaram em um montante de R$ 1 milhão 534 mil. A organização tinha cinco gerentes com tarefas bem definidas. Um dos gerentes coordenava a logística de transporte de drogas para o Ceará. Este gerente seria de confiança de Rafael e também tinha a incumbência da execução de atos violentos para a facção.
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