A Justiça negou o pedido de habeas corpus da defesa de um dos sete militares acusados de envolvimento com contrabando. Os PMs estariam lotados na base de Nova Andradina do Batalhão de Polícia Militar Rodoviária e no 8º Batalhão da PMMS. Eles tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça Militar Estadual.

Eles foram presos durante operação denominada ‘Dia Bom’, da Corregedoria da Polícia Militar.

No pedido, a defesa alega que não foi comprovado que o autor tenha praticado o crime e que não estão presentes requisitos e fundamentos legais autorizadores da prisão preventiva. Diz que o acusado tem bons antecedentes, residência fixa, trabalho lícito, características ‘suficientes para concessão do benefício da liberdade provisória’.

Já a decisão diz que “No presente caso, a custódia preventiva do paciente realmente atende aos pressupostos e condições que determinam a imposição da medida, uma vez que se trata de hipótese que autoriza a prisão processual e existe ofummus comissi delicti pelos elementos de informações colhidos no processo”, diz a ordem publicada na quarta-feira (10).

Organização criminosa

Segundo informações, os sete policiais estariam envolvidos com uma organização criminosa no contrabando de produtos do Paraguai. Os policiais exigiam propinas para facilitar a passagem de produtos contrabandeados pelos sacoleiros. 

A assessoria de imprensa da PMMS, em nota, afirmou que as investigações estão em segredo de Justiça e mais detalhes não serão repassados para não atrapalhar os trabalhos. 

Nome da operação 

O nome da operação deflagrada faz alusão ao modus operandi dos envolvidos, os quais exigiriam de “sacoleiros” valores para facilitar a entrada de mercadorias contrabandeadas, informando aos mesmos quais seriam os dias bons para que eles transportassem os produtos de acordo com a escala de serviço dos Policiais Militares que foram presos.